Reunião realizada na manhã dessa quarta-feira (30) deu início à discussão sobre as obras de restauração do Palácio da Justiça Rodrigues Campos. Projetado pelo arquiteto italiano Raphael Rebecchi para receber o Fórum e o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), ele foi inaugurado em 12 de janeiro de 1912, no Centro de Belo Horizonte, depois de quase dois anos de construção.
O prédio centenário está localizado na Avenida Afonso Pena, 1.420, próximo de outros edifícios históricos, como o Automóvel Clube de Minas Gerais.
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Segundo o desembargador Luiz Audebert Delage Filho, superintendente do Museu da Memória do Judiciário Mineiro (Mejud), o objetivo é fazer um resgate histórico: "Queremos realizar a restauração para que o edifício volte a ter as características de quando foi inaugurado".
"É importante também refazer os jardins de acordo com o projeto original", acrescentou o desembargador Marcos Caldeira Brant.
As obras preveem a restauração do Palácio da Justiça levando em consideração o projeto original, mas sem deixar de lado a acessibilidade.
Pelo menos um elevador deve ser instalado no interior do edifício, que também tem acesso pela Rua Goiás. Após a reforma, o prédio deverá ser aberto a visitação pública, se inserindo no turismo cultural de Belo Horizonte.
Detalhes da obra
Ficou estabelecido na reunião o prazo de 20 de outubro para que a Diretoria Executiva de Engenharia e Gestão Predial (Dengep) do TJMG apresente um projeto detalhando toda a restauração.
Nele devem constar a estimativa de custos, as empresas envolvidas no processo, além das autorizações do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e da Prefeitura de Belo Horizonte para dar início à reforma.
Também partiparam do encontro o 2º vice-presidente do TJMG, desembargador Tiago Pinto; o magistrado Octavio Augusto de Nigris Bocallini; o juiz auxiliar da Presidência, Jair Francisco dos Santos; o diretor da Dengep, Marcelo Junqueira; a supervisora de Gestão Predial do TJMG, Giulia Thayna; os assessores especiais da Presidência, Renato Cardoso Soares e Gutenberg Junqueira, e o arquiteto da Dengep, Otto Leonardo Vieira.