O desvio de material hospitalar, em especial cadeiras de rodas, da Prefeitura de Juiz de Fora, foi detectado pela Polícia Civil daquela cidade, com a realização da 'Operação Hemostasia', que resultou na prisão de três pessoas, uma delas, funcionária da Secretaria de Saúde do município. Eles foram indiciados por crime de peculato.
Segundo o delegado regional de Juiz de Fora, Armando Avólio Neto, a investigação teve início a partir de uma denúncia do Secretário de Saúde de JF. "Ele entrou em contato comigo, relatando que acreditava estarem ocorrendo desvios de medicamentos e materiais oriundos do sistema de saúde de Juiz de Fora. De pronto, dei início a esta investigação, solicitando ao delegado Samuel Neri, que a conduzisse, obtendo êxito em identificar a autoria e modus operantis dos criminosos".
Conforme o delegado Samuel Neri, a investigação partiu da denúncia por parte de funcionários da própria Secretaria de Saúde, que suspeitavam da forma como estava agindo um servidor de 50 anos, que apesar de não ser uma das suas atribuições, rotineiramente solicitava veículo oficial da Prefeitura de Juiz de Fora para a realização de entregas de materiais oriundos daquela secretaria.
Uma equipe de Investigadores monitorou o suspeito, que estava em um veículo oficial da prefeitura. O suspeito foi flagrado desembarcando cadeiras de roda do veículo oficial em frente a uma loja. O homem era ajudado pelo comerciante, de 51 anos, e seu filho, de 30.
Os policiais aguardaram até que todo o material fosse desembarcado e colocado na loja, para efetuar a abordagem. Foi dada voz de prisão e também ao comerciante e sua mulher, de 52 anos. O filho do comerciante, no momento da abordagem, não estava mais no local.
Todo o material roubado da Secretaria de Saúde foi recolhido. Na casa do servidor público foram encontrados diversos materiais médico-hospitalares e medicamentos oriundos do Sistema Único de Saúde, sendo também apreendidos e entregues na Delegacia.
“Há dois meses, nós demos início a estas investigações e conseguimos, ontem, retirar de circulação estes supostos autores, bem como recuperar os materiais médicos hospitalares, assim como medicamentos que haviam sendo utilizados para o combate ao COVID-19. Acreditamos que com essa apreensão, nós conseguimos cessar estes desvios de medicamentos, e quem tem a ganhar com tudo isso é a sociedade e a população de Juiz de Fora”, diz o delegado Armando.