Suor sem parar, banhos que nada adiantam, boca ressecada e dificuldades para dormir. Esse sábado (3) foi desafiador até para aqueles que se dizem fãs do calor em Minas Gerais. Tal condição motivou um sentimento de dúvida na cabeça de muitos: quando chegam as chuvas?
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Contudo, a partir desta terça-feira (6), as temperaturas voltam a subir. O alívio definitivo só deve chegar no fim da primeira quinzena de outubro.
“A gente só deve esperar uma diminuição (na temperatura) mesmo depois do dia 12 (de outubro). Vai chegar uma frente fria que vai provocar chuvas na Região Central (onde está Belo Horizonte), Sul de Minas, Zona da Mata e no Leste do estado”, afirma o meteorologista Ruibran dos Reis.
“Até dia 12, ainda continua quente, com umidade relativa do ar comparada a de desertos”, completa o especialista. A baixa umidade requer cuidados da população, sobretudo com a hidratação e a exposição ao sol.
A partir de taxas menores que 30%, o indicador passa a ser sinônimo de alerta para a população. Com exceção deste domingo, justamente por causa da frente fria que passa pelo litoral fluminense, os demais dias da semana devem ser de umidades abaixo desta marca crítica.
Queimadas influenciam?
Minas Gerais está em chamas. A soma entre calor excessivo, tempo seco e irresponsabilidade humana tem sido um verdadeiro inferno para brigadistas, voluntários e bombeiros espalhados pelo estado.
Na Serra do Cipó, por exemplo, o incêndio já dura oito dias. Outra unidade de conservação, o Parque Estadual do Itacolomi também queima nos últimos dias.
Para se ter uma ideia, só nesse sábado os bombeiros registraram 97 chamadas de ocorrências do tipo em toda Minas Gerais. Mas, qual o efeito de tanto fogo nos recordes de temperatura?
De acordo com o meteorologista Ruibran dos Reis, a influência é clara. “É um período quente realmente (a primavera). Agora, quando a gente fala que tem relação com as queimadas, é porque o Brasil é um dos maiores contribuidores para o aquecimento global”, opina.
Tal efeito faz com que as temperaturas nos últimos dias superem em até 5°C a média histórica observada para o início de outubro.
“Nossa cidade também tem o problema da urbanização: o asfalto, as casas e os prédios recebem uma quantidade muito grande de energia”, diz Ruibran.