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Estado de Minas PANDEMIA

UFMG vai começar testes de mais uma vacina contra a COVID-19

Vacina da Johnson & Johnson está na última fase; testagem começa na próxima semana e podem se voluntariar pessoas com pelo menos 18 anos


05/10/2020 09:53 - atualizado 05/10/2020 11:23

A UFMG também desenvolve pesquisas próprias para criação de uma vacina no CTVacinas(foto: CTVacinas/Divulgação)
A UFMG também desenvolve pesquisas próprias para criação de uma vacina no CTVacinas (foto: CTVacinas/Divulgação)

 
Na corrida pela prevenção da COVID-19, Minas participará da testagem de mais uma candidata à vacina contra a doença que resultou na morte de mais de 1 milhão de pessoas em todo o mundo. Trata-se da última fase da pesquisa de substância desenvolvida pela Johnson & Johnson , o ensaio clínico, que, no Estado, será conduzido pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
 
A UFMG integra a rede internacional CoVPN cujo objetivo é promover a testagem de diferentes produtos com o máximo rigor científico. A Faculdade de Medicina será responsável por  acompanhar  dois mil voluntários.
 

QUEM PODE SER VOLUNTÁRIO

 
A testagem iniciará na próxima semana e podem se voluntariar pessoas com pelo menos 18 anos e não há limite máximo de idade. Junto a outros centros,  a rede recrutará  de 30 a 60 mil participantes na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Peru, África do Sul e EUA.   O estudo faz parte da fase 3 da vacina candidata da Johnson & Johnson. 

O ensaio clínico é a terceira etapa do processo de avaliação de uma vacina.  A vacina tem como base um adenovírus humano, sem capacidade de replicação, onde se insere o material genético do SARS-CoV-2 e. Os pesquisadores destacam que a candidata a vacina tem promissora pela potência imunogênica, isso quer dizer que será necessária a aplicação de uma dose única. .

Podem se candidatar pessoas com mais de 18 anos de idade, sem limite superior de idade, preenchendo um formulário online. Haverá divisão por grupos, de acordo com as etapas da pesquisa. Inicialmente a vacina será testada em pessoas sem patologias prévias, em grupos com menos ou mais de 60 anos. Após constatada a segurança do produto, haverá a segunda etapa com a testagem em pessoas da mesma faixa etária (grupo de 18 a 60 anos e o grupo de 60+), mas com alguma morbidade (obesidade, problemas cardíacos, hipertensão arterial, etc.).

Para averiguar a eficácia da vacina, é necessário ter um grupo controle. Os participantes serão divididos por sorteio entre aqueles que recebem placebo e os que recebem a vacina. Este é um estudo duplo-cego, em que nem os pacientes nem os investigadores sabem o que receberam. Todos serão acompanhados por 24 meses e após a confirmação da eficácia da vacina, aqueles pacientes voluntários que receberam o placebo serão prioritários na distribuição da vacina efetiva. 

OUTRAS VACINAS 


A universidade também conduz a testagem da candidata a vacina denominada Coronavac, que teve início em julho sob  a coordenação do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Fármacos (CPDF) do Instituto de Ciências Biológicas em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo. A CoronaVac foi formulada na China  pela empresa Sinovac Biotech.
 
A vacina desenvolvida pela universidade de Oxford também é testada no Brasil, mas Minas não participa do ensaio clínico. Além de participar de ensaios clínicos de candidatas desenvolvdidas em outros países, a UFMG também desenvolve estudos próprios para o desenvolvimento de uma vacina nacional. Os estudos são coordenados pelo CTVacinas. 

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