De janeiro até agosto de 2020, foram efetivadas 8.837 inscrições de posse de armas no estado por cidadãos comuns. O número é superior ao total observado em 2019, quando foram registradas 7.235 novas armas em Minas durante todo o ano.
Quando comparados ao mesmo período (janeiro a agosto) do ano passado, os dados de 2020 demonstram um aumento de mais de 120%.
Não entram nessas estatísticas os profissionais que necessitam do porte por exercício de função, como policiais, promotores e juízes, e por atividade de subsistência, como caçadores licenciados e revendedores.
Os registros notados em Minas até agosto do ano corrente superam os de São Paulo, estado mais populoso do país, e só são menores do que os apontados no Rio Grande do Sul.
A “posse de arma” é documento que permite a cidadãos que cumpram determinados requisitos, como aptidão psicológica e capacidade técnica atestadas pela PF, ter armas de fogo e munições em casa, de forma legalizada e registrada. As normas vigentes autorizam a compra de quatro armas de fogo de baixo calibre por pessoa e 600 cartuchos de munição por ano para cada arma em posse.
Os números observados em Minas Gerais vão de encontro à explosão nacional, onde houve aumento de quase 200% na emissão de posse de armas no primeiro semestre de 2020.
O avanço coincide com a edição de decretos do governo federal que flexibilizaram o acesso às armas, uma das principais bandeiras de campanha do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
*Estagiário sob supervisão da editora Liliane Corrêa