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Estado de Minas MANIFESTAÇÃO

Grupo protesta para pedir flexibilização do setor de eventos em BH

Associações avaliam que pelo menos 4 milhões de profissionais sofreram com prejuízo que soma mais de R$ 100 milhões durante o período de quarentena na capital mineira


05/10/2020 16:42 - atualizado 05/10/2020 20:50

Manifestantes seguiram da Praça da Liberdade até a Prefeitura de BH(foto: Túlio Santos/EM/D.A Press)
Manifestantes seguiram da Praça da Liberdade até a Prefeitura de BH (foto: Túlio Santos/EM/D.A Press)

Produtores de eventos e entretenimento, técnicos, artistas e outros agentes da indústria de eventos protestaram na tarde desta segunda-feira (5) para pedir a flexibilização do setor em Belo Horizonte. O grupo se reuniu na Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul de BH, e seguiu para a porta da prefeitura, na Avenida Afonso Pena.


Vestidos de preto em sinal de luto da economia, os manifestantes pedem “socorro”. “A primeira coisa que queremos é ter o direito de trabalhar”, afirma Karla Delfim, diretora da Associação Brasileira de Eventos (Abrafesta) e vice-presidente do Sindicato das Empresas de Promoção, Organização e Montagem de Feiras, Congressos e Eventos de Minas Gerais (Sindiprom-MG).

Segundo a empresária, pelo menos 4 milhões de profissionais foram impactados com o isolamento social – medida necessária para conter o avanço do novo coronavírus. Das empresas do setor, 32% encerraram as atividades ou estão funcionando em escala reduzida, com apenas 10%.

“Sabemos que não vamos voltar de imediato com os grandes shows, mas a gente precisa que os pequenos voltem. O número de demissões foi enorme, a gente não consegue mensurar. Mas a gente quer voltar”, defende Karla, que compara com a reabertura dos bares e restaurantes.

“Se podem 200 pessoas em um grande restaurante, o que é normal com os protocolos, a gente pode voltar com uma festa de casamento, um evento empresarial. Todo mundo com toda segurança que mandam a OMS e o SUS cumprindo exigências da Anvisa. Desde antes da pandemia, o segmento de eventos é o que mais cumpre protocolos, porque somos muito fiscalizados. Não precisa voltar 100%, vamos voltar com 30% e vai aumentando. A gente quer fazer a nossa engrenagem funcionar”, explica.

Também diretora-executiva de uma empresa de eventos da capital, Karla conta que o setor já esteve em reuniões na prefeitura, mas ainda não obteve retorno. O episódio é quase o mesmo com o Sindicato Intermunicipal das Empresas de Bufês de Minas Gerais (Sindbufê/MG). Segundo o presidente João Teixeira Filho, o sindicato chegou a ter uma reunião com a prefeitura para entregar a sugestão de protocolo para funcionamento. Foi dado um prazo de 30 dias para retorno e nada foi recebido até o momento.

“Já está insustentável essa situação. Com tudo que foi flexibilizado, a gente quer a liberação dos eventos, mesmo que com restrições, mas que volte”, disse João Teixeira, que afirma que o setor “está esquecido”. Ele avalia que toda a cadeia do segmento de eventos teve prejuízo de mais de R$ 100 milhões durante a quarentena. Para o sindicato, mais de 5 mil pessoas ficaram desempregadas na Região Metropolitana de Belo Horizonte somente na área de bufês.

Prefeitura avalia retorno

A Prefeitura de Belo Horizonte afirma que representantes do setor de eventos – assim como os das demais atividades ainda não autorizadas a funcionar – estão em constante diálogo com a prefeitura na busca pela construção de alternativas e de soluções para minimizar os impactos da pandemia e para uma eventual retomada.
Produtores de eventos, técnicos e artistas protestaram pedindo a flexibilização do setor de eventos(foto: Túlio Santos/EM/D.A Press)
Produtores de eventos, técnicos e artistas protestaram pedindo a flexibilização do setor de eventos (foto: Túlio Santos/EM/D.A Press)

A PBH acrescentou que foram elaboradas, até o momento, propostas para protocolos de funcionamento de teatros e casas de espetáculo, exposições, congressos e seminários. Os documentos estão disponíveis no Portal PBH. Regras para outros formatos de eventos ainda estão sendo avaliadas.
 
“A prefeitura analisará os impactos nos indicadores epidemiológicos das últimas flexibilizações - em especial de bares, restaurantes, academias e clubes - para definir sobre avanços nos processos de reabertura. É importante destacar que um dos riscos de contaminação apontado pelos infectologistas é que durante os eventos (principalmente casamentos, aniversários e similares) - diferentemente de feiras, bares ou restaurantes -  há um contato próximo de um grupo relativamente grande de conhecidos no mesmo espaço, diminuindo as chances de distanciamento e aumentando as probabilidades de contágio”, argumenta a PBH.

O que é o coronavírus

Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp



Como a COVID-19 é transmitida?


A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?



Como se prevenir?


A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê



Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

 

Vídeo explica porque você deve aprender a tossir

Mitos e verdades sobre o vírus


Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência

Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:



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