O incêndio que atinge o Parque Nacional da Serra do Cipó, em Santana do Riacho, na Grande BH, completa 10 dias. O combate ao fogo envolve mais de 100 pessoas e tem dois pontos de atenção onde a situação é mais complexa.
Às 8h30, eles perceberam que o foco no setor Cânion das Bandeirinhas havia voltado a ganhar forças e ameaçava sair do controle. Bombeiros, brigadistas e voluntários fizeram um grande esforço no local e as aeronaves fizeram lançamentos de água sobre as chamas. Um helicóptero também é usado para reposicionar os combatentes nas novas linhas que surgem. Uma hora depois, os brigadistas ainda atuavam no combate direto às chamas no cânion. O setor era prioritário para o combate aéreo.
O segundo local onde a situação era complicada é o Alto Palácio. “Chamas se localizam em encostas e desfiladeiros do Vale do Rio do Peixe, impedindo uma operação segura de combate direto às chamas. Lançamentos de água estão sendo feitos para resfriar o setor. Os combatentes atacam as chamas toda vez que elas ressurgem nas margens do desfiladeiro. Essa operação exige concentração, paciência e muita atenção à segurança, mas os combatentes estão conseguindo manter o setor sob controle”, informou o ICMBio.
Na edição do Estado de Minas desta terça, a reportagem mostrou que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) computou 1.470 focos ativos no estado somente neste começo de outubro – 53,8% da média histórica para o mês inteiro. Vale ressaltar que o balanço do Inpe diz respeito ao dia anterior, portanto o último domingo, ainda no quarto dia do mês. Para efeito de comparação, em igual período de outubro de 2019, o Inpe computou 246 focos ativos em Minas, ou seja, houve um crescimento de 497,5% no mês até agora.
Serra da Moeda
Ontem de madrugada, segundo os bombeiros, havia uma linha de fogo de 6 quilômetros em um terreno de difícil acesso na Serra da Moeda, também na Grande BH.
Com o uso de abafadores, bombas costais e sopradores, bombeiros e brigadistas controlaram as chamas por volta das 10h30.