Jornal Estado de Minas

DESENVOLVIMENTO

Construção de ETE em Sete Lagoas será retomada dentro de 20 dias

Depois de ficar dois anos com as obras paralisadas, a Estação de Tratamento de Esgoto de Sete Lagoas, cidade localizada na Região Metropolitana de Belo Horizonte, finalmente será finalizada e irá universalizar o tratamento de dejetos na cidade.



Um consórcio, formado pelas empresas Conata Líder, Infracon, RFJ, Sinarco, R&R e Dact, será o responsável por concluir o empreendimento, que custará 72.407.893,96 milhões, sendo R$ 63.798.243,03 (88,11%) de repasses do Governo Federal e R$ 8.609.650,93 (11,89%) de contrapartida do Município.

Atualmente, Sete Lagoas coleta pouco mais de 97% de seu esgoto sanitário, mas apenas 10% deste total é tratado nas miniestações operadas pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE). O restante é despejado in natura nas bacias do Córrego dos Tropeiros e do Ribeirão Matadouro, chegando até o Rio das Velhas.

As obras terão início em 20 dias e, segundo o presidente da autarquia, Robson Machado, a estação de tratamento deve entrar em operação em menos de dois anos.

“O prazo de execução é de 18 meses, mas em 14 meses de andamento dos trabalhos, a ETE estará apta a operar. A expectativa é de total operação ainda no primeiro semestre de 2022”, garantiu o presidente.





Gustavo Bueno Camatta (E), representante do Consórcio Sete Lagoas, e Robson Machado (D), presidente do SAAE, assinaram o contrato nesta semana (foto: Rafael Vitor/Divulgação)
As intervenções na ETE foram paralisadas em virtude de conflitos entre a empresa vencedora da licitação e o SAAE. Por isso, outra concorrência foi aberta, reunindo seis concorrentes, sendo duas empresas e quatro consórcios.

A capacidade inicial de operação será de 510,73 litros por segundo, com projeção até 2035, quando a estimativa da administração municipal prevê que Sete Lagoas terá 294.182 habitantes. A ETE será construída na comunidade de Areias, próxima ao bairro Tamanduá.

O empreendimento ocupa uma área de 111.793 m² e terá uma única unidade para atender às duas bacias hidrográficas da sede do município. O sistema de tratamento contará também com a construção de seis novos interceptores, perfazendo 31 km, três linhas de recalque, totalizando 8.373 km, três estações elevatórias e um emissário.

O tratamento do esgoto sanitário será em duas fases, uma anaeróbica, constituída por reator do tipo UASB, e outra aeróbica, composta por filtros biológicos percoladores e decantadores secundários.