Jornal Estado de Minas

RESGATE

Veado fica preso entre grades de pizzaria e mobiliza moradores de Uberaba

Uma fêmea de veado catingueiro foi localizada ofegante e presa às grades de uma pizzaria de Uberaba, Triângulo Mineiro, na manhã desta sexta-feira (9). Após acionamento de populares, uma equipe do 8º Batalhão de Bombeiros Militar (BBM) resgatou o animal e o encaminhou para um hospital veterinário da cidade. Após avaliação, o animal foi devolvido para seu habitat natural. Ele não teve lesões.




 
De acordo com o tenente coronel Anderson Passos, comandante do 8º BBM, um senhor que passava se comoveu com a situação, amparou o ‘fugitivo’. “Talvez por isso ele não morreu. Em seguida, tomando todos os cuidados um de nossos bombeiros, precavido, também amparou o animal ofegante, que estava caído”, contou Passos sobre como foram os momentos que antecederam o resgate do animal das grades, procedimento que durou poucos minutos.

“Uma grande tristeza o que o ser humano faz com a natureza. As queimadas e as agressões ao meio ambiente contribuem para este tipo de situação, ou seja, a perda de seu habitat natural faz com que os animais se refugiem em locais diferentes do seu, em busca de segurança ou pela busca de alimentos”, afirmou o tenente. 

Aumento de cerca de 50% de resgates de animais
Em média, equipes do 8º BBM atendem na cidade de Uberaba duas ocorrências envolvendo resgates de animais em locais fora de seu habitat natural (foto: 8º BBM/Divulgação)

Segundo dados do 8º BBM, se comparado com os dados de 2019, neste ano praticamente dobraram as ocorrências envolvendo resgates de animais silvestres na zona urbana de Uberaba. 
 
Recentemente, depois de iniciados os vários incêndios em vegetações nas áreas urbana e rural da cidade, em média, equipes do 8º BBM atendem duas ocorrências envolvendo resgates de animais (gaviões e outras aves, cobras, tamanduás, veados, entre outros) em locais fora de seu habitat natural. 
 
“Este aumento de 50% é muito grande e aumentou também a quantidade de animais feridos nas patas porque eles tentam fugir, mas acabam indo para locais onde tem vegetação queimada”, lamentou Passos.