Jardins apossados para piqueniques, gramados transformados em quadras de frescobol, alamedas convertidas em pistas de corrida de velotrols e bicicletas. Quem não agendou a visita aos parque e ficou meio órfãos dos clubes, que enfrentam restrições para programações de Dia das Crianças em Belo Horizonte, resolveu invadir as praças da cidade nesta segunda-feira (12).
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Comércios de bairro lotam para a compra de brinquedos de última horaVisitantes frustrados aproveitam áreas externas de museus ainda fechadosCachoeiras lotadas em Rio Acima; blitz educativa e fiscalização evitaram aglomeração ainda maiorCOVID-19: Uberaba libera volta de cinemas, parques e showsCinemas, teatros e casas de shows vão reabrir em BH; comércio tem mudançasDepois de quase sete meses, Museu dos Brinquedos de BH reabre justo no Dia das CriançasNa Praça da Liberdade, em Lourdes, na Região Centro-Sul, todos os espaços foram tomados pelos pequeninos e seus brinquedos recém desembalados. As curvas que levam aos chafarizes e estátuas foram usadas como circuito de corrida. Não precisava conhecer o outro piloto, bastava ter uma bicicleta ou patinete para ingressar na corrida. Dos bancos brancos, pais com crianças menores em bikes de rodinhas treinavam os futuros pilotos em suas primeiras pedaladas.
Os engenehiros civis Luís Guilherme Duarte e Maíra Soares, ambos de 36 anos, abriram uma toalha no jardim e iniciaram um torneio de frescobol com o filho Marcos Duarte, de 5 anos. A grama fofa permitia ao menino saltar e rebater as bolas lançadas pelo pai sem a preocupação de quedas.
"A gente queria ir ao Parque Municipal, mas não agendamos. Então viemos para a Praça da Liberdade, que está sendo muito gostosa. O dia está fresco. As crianças tomaram todo o lugar e é muito bom depois do isolamento ter esse contato mais de perto com as pessoas. Vamos fazer o nosso lanchinho aqui e na semana que vem vamos programar mais praças e parques", disse Maíra.
Na Praça do Papa, no Bairro Mangabeiras, também na Região Centro-Sul, tanto a parte da praça quanto os gramados foram ocupados pelas famílias. Mas a concentração dos pequenos se deu mesmo no parquinho. Eram tantos meninos e meninas que as rampas, escadas, escorregadores e até as pilastras tinham congestionamentos de crianças entrando e saíndo sem parar. Usavam máscaras, mas afastamente àquela altura foi algo impossível.
"As crianças estavam ficando ansiosas. Nervosas, arredias dentro de casa. No Dia das Crianças merecem pelo menos correr um pouco, ver outras crianças e brincar. Mas com responsabilidade. De máscaras. Limpando as mãos toda hora com álcool em gel. A gente tenta se adaptar aos novos tempos", disse o enfermeiro Evandro Costa, de 38 anos, pai de três filhos completamente integrados à algazarra do parquinho.