Foi adiado o julgamento do homem de 36 anos acusado de matar a irmã mais velha, de 53, no Bairro Minaslândia, Região Norte da capital, em 2018. O corpo da vítima estava enterrado dentro de casa.
A previsão para o início do júri popular era às 8h30 no 2º Tribunal do Júri do Fórum Lafayette, no Barro Preto, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. A sessão seria presidida pelo juiz Ricardo Sávio de Oliveira. Por volta das 9h40, a assessoria de imprensa do Fórum informou à reportagem que o júri foi adiado porque os advogados do réu não compareceram. Uma nova data será marcada.
Conforme o Estado de Minas publicou na época, uma outra irmã desconfiou quando a vítima não foi à casa dela e se preocupou. Então, ela procurou o acusado e perguntou onde a irmã deles estava.
O crime foi descoberto em setembro daquele ano. O homem, que morava no primeiro andar do barracão onde vivia a vítima, não a teria deixado entrar. Ela ligou para o 190. Os policiais militares que chegaram ao local avistaram marcas de sangue pela casa e um reparo recente de concreto no chão embaixo da cama. Além disso, segundo a PM, o homem estaria com respingos de cimento na perna.
Os policiais chamaram o Corpo de Bombeiros para ajudar em uma escavação nessa parte do reparo. Durante o andamento da ação, eles encontraram parte do corpo da vítima. Ao desenterra-la, eles perceberam que ela havia sido atingida por sete facadas nas costas e uma pancada na cabeça.
“Vítima e o acusado pelo crime moravam no mesmo lote e, segundo o Ministério Público, ele já havia ameaçado a irmã de morte por divergências pela posse do imóvel, que ambos receberam de herança”, explica o Fórum. “O homem é acusado de homicídio qualificado por crime contra a mulher, com violência doméstica e familiar, utilizando recurso que dificultou a defesa da vítima, e por ocultação de cadáver”, detalha.