O velho termo “ver a avó pela greta” explica bem o que o agente socioeducativo Vagner Salomão Silva vivenciou na manhã desta segunda-feira, quando quase foi morto por dois ladrões que o confundiram com um agente penitenciário. O fato aconteceu na Rua Macaúbas, Bairro Capitão Eduardo.
Era cedo quando Vagner estava indo, de motocicleta, para o trabalho. Ele exerce a função de socioeducador há três anos, no Centro Socioeducativo Santa Clara, em Capitão Eduardo, quando foi surpreendido por dois homens, que saltaram da mata, gritando: “perdeu, perdeu...”
Ambos usavam balaclavas negras e mandaram que ele permanecesse sentado na moto e entrasse numa rua lateral, de terra, que liga o Capitão Eduardo ao Bairro Paulo VI. Depois de 60 metros, mandaram que parasse e um dos homens começou a gritar para o comparsa: “È agente, é agente, mata ele”.
Nesse instante, o comparsa mirou no agente e disparou seu revólver. Em seguida, os dois fugiram, correndo a pé. Por sorte de Vagner, a bala acertou no retrovisor. Ele caiu no chão, vendo os dois agressores correndo em direção ao Bairro Paulo VI.
Busca
A Polícia Militar compareceu ao local e depois de pegar a descrição e as roupas dos agressores, iniciou uma busca na região, no entanto, os criminosos não foram encontrados.
Numa conversa com os policiais, o agente contou que antes de exercer a função no Centro Socioeducativo Santa Clara, trabalhou como agente penal por nove anos. Nesse período, apenas uma vez sofreu uma ameaça, há cerca de sete anos. O fato levou os policiais a desconfiarem que um dos dois homens seria o autor da ameaça no presídio. Por não ter sofrido lesões, o agente foi liberado.