A segunda votação do projeto de Lei que propõe a criação do transporte alternativo em Governador Valadares deve entrar na pauta das reuniões da Câmara Municipal ainda na primeira quinzena de novembro. A previsão é do presidente da Câmara, vereador Júlio Avelar (PV). Ele explicou que a segunda votação já deveria ter ocorrido, mas o vereador Alê Ferraz (DEM) apresentou uma emenda ao projeto e atrasou o processo. O atraso deixou impacientes os donos de vans, que estão com suas atividades suspensas por causa da pandemia do novo coronavírus.
Caso o projeto seja aprovado, as vans poderão fazer o transporte alternativo de passageiros na cidade. Júlio Avelar explicou que a aprovação do projeto “vai facilitar a vida de milhares de usuários de transportes que poderão ter um transporte mais barato, seguro e limpo”. Avelar disse também que a lei vai proporcionar a geração de centenas de empregos aos motoristas de vans e microônibus, que hoje estão parados.
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Além de se preocupar com o sustento da família, César disse que ele e seus colegas motoristas ainda têm de se preocupar com algo pior: os financiamentos dos veículos. Sem renda, eles não têm condições de pagar as parcelas do financiamento. Ao renegociar a dívida com os bancos, a dívida só aumenta por causa dos juros.
Para não deixar a dívida virar uma bola de neve, a saída encontrada por muitos é se desfazer do bem adquirido com o financiamento. “Eu e meu cunhado, por exemplo, tínhamos cinco vans. Já vendemos uma para pagar o banco. Ficamos com quatro, porém, todas estão paradas. Meu cunhado arrumou um serviço de pedreiro e assim vamos vivendo”, disse.
A aprovação do projeto e sanção da lei que vai autorizar o trabalho dos motoristas de vans será a salvação da categoria profissional, avalia César. O presidente da Câmara, Júlio Avelar, disse que se esforçou ao máximo, se reunindo com os motoristas e tomando conhecimento da situação que ela considera crítica. Mesmo assim, o projeto entrou na Ordem do Dia em 1/10 por decurso de prazo. Agora aguarda os pareceres das Comissões Técnicas da Câmara para ser votado pela segunda e última vez.