Policiais civis realizaram, na manhã desta quinta-feira (22), uma ação de combate à pichação em Belo Horizonte. Foram executados dois mandados de busca e apreensão, parte da operação Muro Limpo, iniciada no ano passado para reprimir a ação de indivíduos e grupos que fazem pichações no patrimônio público. A partir das investigações de um grupo de inteligência, a corporação mapeia as associações de pichadores na capital. Segundo o Eduardo Vieira, da 1ª Delegacia especializada de investigação de crimes contra o meio ambiente (Dema), os danos patrimoniais e ambientais da pichação somam R$ 2 milhões.
Ano passado foi desarticulada um grupo, com a prisão de dois suspeitos, nesta manhã, foi iniciada nova fase da operação. "Conseguimos apreender diversos apetrechos utilizados para pichação, como tintas, display, pulverizador, latas, rolo de tinta, pincéis, toda uma gama de apetrechos que estão ligados a essa modalidade crimininosa. A Polícia Civil realiza a repressão no sentido de apresentar provas robustas para o Ministério Público denunciar", afirma o delegado.
Agentes do Dema estiveram nos bairros Guarani, na Região Norte, e Lindéia, no Barreiro. Apesar da apreensão das provas, nenhum suspeito foi preso.
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O delegado informou que a polícia atua respeitando as manifestações do grafitti. "Temos o circuito urbano de cultura, o Cura, que é muito importante e traz destaque positivo para nossa capital. É visível o destaque pejorativo que, quando tela no edifício, no plano de fundo, às sombras dessa tela, tem uma pichação e pode ficar claro o contraste do que é um trabalho artístico belo, que promove o bem daquele outro trabalho da pichação, que é pejorativo, danifica e destrói a questão visual da capital mineira", diz.
De acordo com o delegado, alguns suspeitos dizem que no conceito deles a pichação é um trabalho artístico. "Não é com certeza, como está sendo provado pela Polícia Civil", afirma.