A queda que provocou a morte de um menino de 9 anos em 19 de agosto em um prédio no Bairro Santa Lúcia, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, foi acidental. A conclusão está no resultado do inquérito da Polícia Civil de Minas Gerais, divulgado no fim da manhã desta quinta-feira.
Segundo a instituição, o local do acidente foi periciado, e também foram realizados exames periciais, químicos, biológicos, patológicos – para verificar doenças pré-existentes, que comprovaram que houve uma “fatalidade”.
“A criança teria se debruçado sobre a janela, cortado a tela de proteção com uma tesoura escolar, desequilibrado e caído do terceiro andar do imóvel”, explica a Polícia Civil. “Ainda segundo análises periciais, o sangue encontrado na cozinha não era humano, o que comprova que nenhuma outra pessoa, presente no apartamento no momento do fato, tenha relação com o desfecho do caso”, conclui.
A investigação foi conduzida pela 3ª Delegacia de Polícia Civil Sul. O delegado Vinícius Dias sugeriu o arquivamento do inquérito pela Justiça.
Relembre
De acordo com a polícia, na manhã do acidente, a criança teria discutido com a mãe. Ela teria chamado a atenção do filho por estar muito tempo envolvido em atividades no computador. A mulher, então, desligou o aparelho e o tirou do quarto, fato que teria irritado o menino. Em seguida, ela saiu de casa para levar a avó do garoto a uma consulta médica.
O menino aproveitou a brecha para tentar sair do edifício, mas foi barrado pelo porteiro. Ele, então, voltou para casa e, pouco tempo depois, foi visto já desacordado na calçada pela empregada. Ela teria ligado para o pai da criança e acionado a PM. Muito abalada, a mãe chegou a ser levada ao hospital, em estado de choque.
A irmã da criança, de 18 anos, também ficou muito abalada, assim como a funcionária da família, que precisou ser amparada por vizinhos. Ela relata que fazia o almoço e cuidava dos afazeres da casa no momento da queda. A criança foi sepultada no dia seguinte no Cemitério do Bonfim, na Região Noroeste de BH.