Duas pessoas foram presas na Zona da Mata mineira, nesta quinta-feira (22) durante Operação “Persona”, deflagrada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) em conjunto com as Polícias Civil e Militar de Minas Gerais (PMMG). A investigação apura desvios de verbas públicas na compra de máscaras durante a pandemia de COVID-19.
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco-Regional Zona da Mata) investiga supostos crimes de corrupção, peculato, fraude em licitação e associação criminosa. O valor desviado de verba pública ultrapassa R$ 150 mil.
De acordo com o Ministério Público, três cidades foram alvos da operação; Juiz de Fora, Piraúba e Guiricema. Porém, em contato com o procurador do município de Piraúba, Maycow de Lima Carvalhaes afirma que a prefeitura não está envolvida nas investigações.
“A pessoa que foi presa não tem ligação nenhuma com a prefeitura. Na verdade, é um empresário de uma fábrica de máscaras, aqui de Piraúba, que tem uma namorada lá em Guiricema - onde supostamente foi feita a compra desses produtos”, esclarece o procurador.
“A pessoa que foi presa não tem ligação nenhuma com a prefeitura. Na verdade, é um empresário de uma fábrica de máscaras, aqui de Piraúba, que tem uma namorada lá em Guiricema - onde supostamente foi feita a compra desses produtos”, esclarece o procurador.
A reportagem não conseguiu contato com a assesoria da Prefeitura de Guiricema. Já em Juiz de Fora, a assessoria afirma que o caso não tem relação com a prefeitura ou com algum de seus servidores.
Durante a operação, foram cumpridos dois mandados de prisão temporária e nove mandados de busca e apreensão. Além disso, foram apreendidos cerca de R$ 43 mil na residência de um dos investigados, além de celulares, computadores e documentos.
Conforme o promotor de Justiça do Gaeco, Breno Costa da Silva Coelho, nos casos de calamidade pública é autorizada a dispensa de licitação, mas, deve-se tomar precauções no processo.’O legislador precisa observar rigorosamente a moralidade administrativa, não deixando margem para favorecimento de qualquer natureza’, explica.
O Ministério Público prossegue com as investigações para averiguar a participação de terceiros. O nome “Persona” faz alusão ao teatro grego, em que os atores usavam máscaras para construir os personagens.