A advogada da família da cabeleireira Edisa Soloni, de 20 anos, teve acesso ao laudo do Instituto Médico Legal (IML), realizado após a exumação do corpo da jovem que morreu depois de passar por um procedimento estético. Segundo Camila Félix, o documento aponta que a vítima sofreu múltiplas lesões perfurantes, além de ter tido uma hemorragia na região da papada.
Em setembro, Edisa passou por três procedimentos simultâneos realizados em uma clínica da Savassi, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, foram eles: lipoabdominoplastia (remoção de gordura e pele em excesso do abdômen), inserção da gordura retirada da barriga nos glúteos e lipo na papada.
Quatro horas depois das cirurgias, a jovem desmaiou e foi encaminhada ao Hospital Felício Rocho, mas morreu pouco depois de dar entrada na instituição. Ainda segundo a advogada, a causa da morte foi embolia pulmonar.
“Com toda certeza essa paciente precisava de atendimento imediato por médico, o que não havia na clínica. A morosidade do deslocamento, atrelado a completa ausência de estrutura e diagnóstico, podem, na avaliação da defesa, terem contribuindo com a morte de Edisa”, afirma Camila.
A família da jovem já havia dado diversas declarações em que afirmavam que a morte de Edisa teria ocorrido por erro médico e, que a vítima teria sofrido uma perfuração no pulmão durante o procedimento.
O hospital onde as cirurgias foram realizadas, divulgou nota sobre o laudo do IML, onde na interpretação da instituição, 'as microperfurações foram feitas pelo serviço funerário para a preparação do corpo para o sepultamento', diz trecho.
Também em nota, a Polícia Civil informou que as investigações sobre o caso ainda estão em andamento e que 13 pessoas foram ouvidas até o momento. “Demais informações serão repassadas após a conclusão do inquérito policial”.