A revitalização da Praça Gomes Freire, também conhecida como a Praça do Jardim, referência no setor de serviços de Mariana, Região Central de Minas Gerais, tem causado questionamentos dos comerciantes do entorno sobre a demora na conclusão da obra.
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De acordo com o diretor-comercial da Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Mariana (Aciam/CDL), Amarildo Pereira, é visível o impacto negativo no movimento do entorno da praça e isso se refletiu nas vendas locais. “Com o fechamento da praça, as pessoas pararam de frequentar o local, e o efeito dessa queda se refletiu no comércio do entorno, com cerca de 70% de diminuição de fluxo de vendas. Outro fato também responsável pela queda foi a pandemia do novo coronavírus."
Para o empresário, mesmo com a reabertura do comércio no processo de flexibilização das atividades econômicas, o negócio ainda não se recuperou. “Precisamos ver as pessoas circularem no local além de trazerem vida, também trazem segurança.”
Segundo a Fundação Renova, as obras de revitalização da Praça Gomes Freire foram retomadas em 15 de junho, após a autorização do Comitê Gestor da Covid-19 e da Prefeitura de Mariana. A fundação ressalta que a reforma tem o objetivo de aumentar o potencial turístico e socioeconômico da região.
A gerente de um dos estabelecimentos, Andreia Gomes, acredita que os impactos no movimento do comércio eram previstos. “Em 2019, após muita manifestação da população ficou acordado em audiência pública que a praça não fecharia antes do Natal. Após as festividades, a praça foi cercada e tivemos um carnaval ruim sem a praça. Logo em seguida, começou o isolamento social. Quando retomaram, a Fundação prometeu entregar em novembro.”
Porém, em setembro, após um trecho do calçamento centenário, tombado pelo Patrimônio Histórico, ter sido coberto de concreto, a Fundação Renova teve que reavaliar essa fase da obra e o prazo não será cumprido.
De acordo com a Renova, o prazo está sendo redefinido de acordo com as readequações feitas no projeto.
Sem sinal de abertura, a empresária Andreia Gomes defende que a obra deve ser terminada. "Já começaram, agora precisam terminar, isso será melhor para todos. Precisamos evoluir e acredito que o Iphan não aprovaria nada fora dos padrões.”
Ansioso para a reabertura da praça, Igor acredita que o local ficará mais valorizado, mas ressalta que a frequência do turismo não depende apenas da reforma do jardim. “Precisamos de eventos culturais que atraiam mais turistas e que façam da Praça do Jardim um lugar de encontro de toda a população de Mariana.”
Procurada pela reportagem, a Secretaria de Turismo de Mariana não respondeu às perguntas.