Jornal Estado de Minas

Feira hippie

Feirantes reclamam de distanciamento de barracas na Avenida Afonso Pena

A manhã chuvosa não afastou os visitantes da Feira de Artesanato da Avenida Afonso Pena, neste domingo (25). Com capas de chuvas e sombrinhas, muitos foram ao Centro de Belo Horizonte para fazer compras. No entanto, alguns dos feirantes reclamam da disposição das barracas desde quando a feira retomou as atividades depois do recesso imposto pela pandemia da COVID-19. Segundo eles, o distanciamento proposto pela prefeitura não favorece a comercialização dos produtos. 





 

"Esse layout é muito ruim. Ficou uma pista de cooper, onde a pessoa faz uma caminhada. É muito ruim para vender. Ficou muito distante, os clientes reclamam. Os sapatos estão a 200 metros das bolsas, antigamente eram 30 metros", argumentou o comerciante Rafael Mendonça.

 

(foto: Leandro Couri/EM/DA PRESS)
 

 

Integrante do Movimento 100% Feira, o comerciante reclamou que, como as barracas estão dispostas, os compradores perderam, inclusive, a possibilidade de se protegerem, quando chove, como ocorreu neste domingo. "Não tem lugar para os clientes esconderem, antigamente as barracas tampavam, ficavam uma perto da outra. A distância ficou tão longa, não tem como proteger o cliente. Está desesperador para os clientes, principalmente para os que vendem atacado e vêm de fora para comprar conosco", disse.

 

 

 

(foto: Leandro Couri/EM/DA PRESS)
 

 

O Movimento 100% Feira apresentou como proposta de layout um distanciamento de três metros nos corredores entre as barracas. Para defender a reinvindicação, o comerciante faz uma comparação com o distanciamento permitido nos shoppings populares, que, segundo ele, foram favorecidos em detrimento dos comerciantes da feira, que estão prejudicados com o distanciamento.

 

"Não precisa voltar  a ser como era antes. Mas apresentamos layout com corredores com três metros entre as barracas. Seria muito seguro, teríamos  espaço para o  cliente, o distanciamento social, e poderia vender melhor", argumentou. Segundo ele, a prefeitura não respondeu à demanda apresentada. Ele também se queixou de falta de fiscalização e a invasão da feira por expositores não cadastrados. 





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