Crimes que têm como vítimas crianças e idosos estão merecendo uma atenção especial por parte da Polícia Civil. Nesta segunda-feira (26), um crime contra idoso foi esclarecido, assim como novas medidas para combater a prostituição infantil.
Com o objetivo de combater a prostituição infantil, a Polícia Civil realizou, nesta segunda-feira (26), a operação “Inocência Perdida”, nas cidades de Manhumirim, Alto Jequitibá e Alto Caparaó, na Zona da Mata. Foram cumpridos sete mandados de prisão e 10 de busca e apreensão. Entre os presos estão empresários, um servidor da área de segurança pública, além da tia de uma adolescente, vítima do crime.
Segundo a investigação, abusos sexuais ocorreram em Alto Jequitibá, sendo que a mulher detida aliciava a própria sobrinha para a prostituição. Foram apreendidos medicamentos, como o citrato de sildenafila (estimulante sexual), arma de fogo e dinheiro.
Segundo o delegado Gladson Souza, de Manhumirim, a investigação teve início em maio último, a partir de uma requisição do Ministério Público. “Trata-se de inquérito que tramita em segredo de Justiça e, em razão disso, não podemos revelar detalhes, até mesmo para não comprometer as investigações”, diz.
O delegado regional em Manhuaçu, Carlos Roberto Souza da Silva, ressalta que “a Polícia Civil tem o compromisso de reprimir, com a maior presteza e eficiência, todos os crimes praticados contra crianças, especialmente o crime de natureza sexual, que é aviltante, hediondo e causa enorme repulsa na sociedade, mas também, enorme prejuízo à formação de uma criança”.
Carlos Roberto faz um pedido à população. “Aquele que tiver conhecimento, informação ou suspeita de que uma criança vem sofrendo agressões, principalmente de natureza sexual, deve procurar a Polícia Civil. Nós temos meios para combater essa prática criminosa."
Abuso de idosa
Em Manhuaçu, na Zona da Mata, foi cumprido mandado de prisão preventiva contra um homem, de 65 anos, suspeito de expor a perigo a integridade e a saúde física de uma idosa, de 97 anos, com quem mantinha união estável.
Segundo os policiais que trabalharam no caso, o suspeito privava a vítima de alimentos e cuidados indispensáveis, quando ele tinha a obrigação de fazê-los, tendo também dificultado atendimento e deixado de prestar assistência à idosa, sem justa causa. Além disso, existem provas de que vinha se apropriando de proventos e da pensão da idosa.
Já há algum tempo foram impostas medidas protetivas, porém o suspeito teria continuado em contato com a vítima. Ele ainda morava na mesma casa que a idosa, descumprindo a determinação judicial e persistindo em não fornecer uma vida digna à vítima. Por isso, foi requerida a prisão preventiva do homem.
A ação foi cumprida pela Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam), da 6ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Manhuaçu. Ele foi encaminhado ao sistema prisional, onde está à disposição da Justiça.