Jornal Estado de Minas

PM é suspeito de matar colega reformado após confusão em Betim



Um policial militar de 32 anos foi detido após atirar em um colega reformado na noite dessa segunda-feira no Bairro Alto das Flores, em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A vítima tinha 52 anos e morreu no local. Segundo a corporação, o crime ocorreu após uma discussão e agressão à ex-companheira da vítima, de 44 anos. 





O crime ocorreu por volta das 22h. De acordo com a PM, o policial suspeito contou que naquela noite recebeu uma ligação da mulher pedindo que ele a levasse até o Bairro Petrolândia onde ela buscaria uma caminhonete para transportar um freezer. Eles combinaram de se encontrar no Bairro Estância do Sereno, onde a mulher embarcou no carro do militar, um Uno. Após ajudá-la, ele seguiria para o trabalho. 

Ao passar pela Avenida Hibisco, já no Alto das Flores, um Volkswagen Up de cor escura se aproximou do carro do policial. Temendo um assalto, ele acelerou o carro, mas o outro motorista o ultrapassou e parou bloqueando a via, que seria a Rua Cedro, perto da avenida.

Conforme a PM, o militar disse que o homem desembarcou, abriu a porta do passageiro, tirou a mulher do carro e começou a agredi-la física e verbalmente. Pela voz, ele percebeu que era o militar reformado. O policial disse que saiu do carro e pediu calma, mas o homem teria o mandado calar a boca, disse que mataria os dois e tirou a arma da cintura. 





Segundo o boletim de ocorrência, o policial de 32 anos disse que, “conhecendo bem a vítima”, sabia do risco de ele efetivar a ameaça. Assim, ele atirou contra a vítima. O militar disse que tentou socorrê-lo, mas percebeu que ele estava sem sinais vitais e ligou para o 190.

Chegando ao local, os policiais encontraram o policial reformado caído no chão, com uma pistola perto do corpo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e a perícia da Polícia Civil foram acionados. A morte do militar foi confirmada e o perito informou que ele tinha ferimentos no peito e na cabeça. Foram recolhidos no local uma pistola calibre 380 e um carregador do mesmo calibre. O corpo foi levado ao Instituto Médico Legal (IML). 

Relata a ocorrência que questionada, a mulher confirmou a versão do policial, disse que sentia dores no rosto, mas dispensou atendimento médico. O advogado do militar que atirou esteve no local e acompanhou a ocorrência. Também estiveram no local investigadores da Delegacia de Homicídios, representantes da Corregedoria da Polícia Militar, além de policiais de dois batalhões.

Os envolvidos foram levados à Delegacia de Plantão de Betim. Às 11h16, a Polícia Civil confirmou que ratificou a prisão em flagrante do policial suspeito do homicídio. Inicialmente, a instituição informou que ele havia sido encaminhado a uma unidade prisional, mas, à tarde, a Polícia Civil fez uma correção. “Por prerrogativa legal, o suspeito foi encaminhado para uma das unidades da Polícia Militar, onde permanece preso”, diz a nova nota envi-ada à reportagem. 




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