A Polícia Federal (PF) desencadeou nesta terça-feira a segunda fase da Operação Quadro Negro, que investiga uma organização que se especializou em fraudar licitações para materiais de informática usados em aulas online, com o fornecimento de lousas eletrônicas. Somente em Minas Gerais, as fraudes envolvendo as empresas investigadas movimentaram R$ 7,5 milhões.
A Justiça expediu 15 mandados de busca e apreensão que são cumpridos em quatro estados. São três em Minas, cinco em São Paulo, outros três no Rio de Janeiro e quatro no Espírito Santo. Também foram expedidas ordens que proíbem os alvos de se comunicarem entre si. Nove deles terão que entregar os passaportes.
“Após a deflagração da 1ª fase foram identificadas empresas que agem em conluio com as já investigadas além de pessoas que, apesar de não constarem em nenhum registro relativo às empresas, são os verdadeiros donos das mesmas e beneficiários dos valores obtidos com as fraudes”, informou a Polícia Federal. A movimentação bancária das empresas entre 2011 e 2019 é superior a R$ 50 milhões.
Nesta manhã, haverá uma coletiva de imprensa sobre o caso na sede da instituição em Belo Horizonte onde os delegados vão dar mais detalhes sobre as investigações.