Os quatro adolescentes suspeitos de terem estuprado uma menina de 11 anos, no Bairro Novo Tupi, na Região Norte de Belo Horizonte, foram ouvidos nessa segunda-feira (26), no Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional – CIA/BH. O juiz Emerson Marques Cubeiro presidiu a segunda audiência relacionada ao caso.
Na ocasião, os adolescentes apresentaram sua versão dos fatos e o juiz tomou conhecimento, por meio deles e de seus responsáveis, da situação social de cada um.
Foi identificado que nenhum dos jovens tinha envolvimento com a criminalidade. Eles estavam regularmente matriculados na escola e, de acordo com os pais, não demonstram comportamento inadequado em casa.
Por essa razão, os adolescentes continuarão a responder o processo em liberdade, como o determinado na primeira audiência, feita na última segunda-feira (19), quando os adolescentes foram ouvidos pelo promotor Lucas Rolla e, em seguida, liberados para aguardar em liberdade as demais fases do processo de apuração.
O processo agora prossegue e serão ouvidas as testemunhas. A criança vítima dos abusos também será ouvida em audiência especial prevista no ECA pela equipe técnica do CIA, composta por assistentes sociais e psicólogos.
Entenda o caso
Uma menina de 11 anos foi violentada por quatro adolescentes no sábado (17), no Bairro Novo Tupi, Região Norte de Belo Horizonte. Os pais da criança procuraram a Polícia Militar após terem recebido um vídeo do estupro pelo Whatsapp. Um homem de 23 anos, suspeito de ter filmado e divulgado o ato, foi preso.
De acordo com o registro da ocorrência, quatro adolescentes, dois de 13 anos e dois de 12, participaram do ato. Segundo a criança, os garotos a obrigaram a praticar sexo oral e um deles chegou a penetrá-la à força.
Todos os menores envolvidos foram identificados e compareceram ao Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional (CIA-BH). Eles foram apreendidos e encaminhados à audiência.
Já o homem de 23 anos, foi preso em flagrante. Segundo a Polícia Civil, ele é investigado por filmar, compartilhar e armazenar cena de sexo envolvendo criança ou adolescente, crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente.
*Estagiária sob supervisão da subeditora Jociane Morais
*Estagiária sob supervisão da subeditora Jociane Morais