A Prefeitura de Itabirito, cidade da Região Metropolitana de BH (RMBH), emitiu um alerta sobre o risco de uma segunda onda da COVID-19 no município. Segundo a secretaria de Saúde e a Vigilância Epidemiológica da cidade, é possível que os casos da doença voltem a aumentar ainda este ano.
As previsões levam em consideração o tempo decorrido entre a primeira e a segunda onda em países que veem novamente o vírus se espallhar sem controle entre a população. De acordo com estudos, o segundo ciclo de infecções tende a surgir entre noventa e cem dias após o fim da primeira onda, e entre cinco e seis meses após o pico das infecções.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Itabirito, o pico da COVID-19 na cidade aconteceu entre 28 de agosto e 5 de setembro. Já os números da pandemia no município voltaram ao patamar inicial em 16 de outubro, com poucos casos da doença por semana. Com base nesses números, especialistas preveem que uma segunda onda da doença possa surgir entre meados de dezembro e início de março de 2021.
"Serão meses em que o monitoramento deve ser mantido com o mesmo rigor até aqui, e serviços estruturados não devem ser desmobilizados. Não é realista imaginar que a vacinação em massa comece em janeiro de 2021", afirmou a prefeitura por meio de nota.
Na mesma nota, a administração municipal lembrou que o número de casos da COVID-19 em países que enfrentam a segunda onda pode ser ainda maior do que no primeiro ciclo de infecções.
Para a equipe da Vigilância Epidemiológica de Itabirito, é importante reconhecer o risco de uma nova onda para que os cuidados e a proteção contra o vírus continuem. "Isso aconteceu com a dengue. Hoje somos muito mais atentos à presença de mosquitos. Pessoas aprendem, criam, inventam formas de se proteger".
O Estado de Minas indagou à Secretaria de Estado de Saúde sobre a relevância das previsões da secretaria de Itabirito, mas até o fechamento da reportagem, não obteve retorno.
Onda verde
Itabirito está há 11 dias na onda verde do plano Minas Consciente. Segundo o boletim epidemiológico mais recente, a cidade registra 2.818 casos de COVID-19 e 18 óbitos causados pelo vírus.
O que é o coronavírus
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp
Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?
Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam:
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Vídeo explica por que você deve 'aprender a tossir'
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência
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