Um jacaré apareceu em uma casa na manhã desta terça-feira (27), em Montes Claros, no Norte de Minas. Como no animal foi parar no local e qual motivo do seu deslocamento continuam sendo um mistério. Existe a suspeita ele tenha escapado de um cativeiro.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, por volta das 9h, um morador do Conjunto Habitacional Portal dos Ipês, próximo ao populoso Bairro Independência, região Norte da cidade, chamou a corporação, ao se deparar com réptil de tamanho médio. A espécie é conhecida como "jacaré de papo amarelo".
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O bicho foi entregue pelos bombeiros no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Montes Claros.
Na tarde desta terça-feira, o chefe instituto do escritório regional do Ibama em Montes Claros, Daniel Filipe Dias, informou que, dentro do tempo “mais brevemente possível”, o jacaré será levado de volta à natureza. Ele disse ainda que o local ainda não foi definido, mas será uma “área adequada para a espécie”.
O morador da casa do Conjunto Habitacional Portal dos Ipês disse para os bombeiros que não tem ideia de como o jacaré foi parar no local.
O ambientalista Eduardo Gomes, diretor da Organização Não-Ambiental (ONG) Instituto Grande Sertão (IGS), de Montes Claros, disse que é possível que o jacaré tenha saído de uma lagoa, distante 600 metros do conjunto habitacional.
O reservatório fica próximo ao córrego do Matias. Ele foi formado devido á extração de argila no local por uma indústria de cerâmica.
Por outro lado, o ambientalista salienta que vê o caso com estranheza e levanta a suspeita de que o réptil tenha sido capturado e, posteriormente, escapado do cativeiro.
“O jacaré se desloca quando uma lagoa seca, saindo à procura de alimento. Mas neste caso não tinha motivo para sair da lagoa, que está cheia. Além disso, é estranho um jacaré ter se deslocado por 600 metros em direção à área urbana. Pode ser que o animal tenha escapado de um cativeiro ou tenha conseguido fugir após tentativa de captura”, afirma Eduardo Gomes.