O Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG) abriu investigação para apurar a conduta do médico Sérgio Marcussi de fornecer atestado médico, mediante consulta, a quem apresentar alguma limitação de saúde decorrente do uso de máscara. O equipamento de segurança é uma das principais medidas para impedir o contágio do novo coronavírus.
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O corregedor informou que o CRM-MG investigará o procedimento do ponto de vista ético para ver se há irregularidades. "Não temos nenhum dado que contraindique o uso de máscaras. As políticas adotas em todo mundo são do uso de máscaras e isolamento, o que seguimos na literatura e na própria Lei 13.979. A lei estabelece a obrigatoriedade e dá ao Estado o direito de normatizar o que que tem que ser feito", pondera.
Não há exceções para a norma estabelecida na lei. "O médico tem autonomia, mas tem que estar fundamentado na literatura médica. Qualquer medida médica precisa ter embasamento técnico. Não posso criar medida da minha cabeça", completa.
O Estado de Minas conversou com Sérgio Marcussi que afirmou, diferentemente ao que ele vem divulgando nas redes sociais, em que há situações em que a obrigatoriedade pode ser dispensada, que é a favor do uso de máscaras. "Não estou entendendo a polêmica. Sou a favor de máscaras. A repercussão não tem sentido nenhum, zero", afirmou.