Jornal Estado de Minas

ARGOS

Organização criminosa do PCC que agia no Sul de Minas é alvo de operação do MP

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com apoio da Polícia Militar, combate uma organização criminosa do Primeiro Comando da Capital (PCC), que atuava no Sul de Minas. A Operação Invisíveis, realizada nesta quarta-feira (28), cumpriu 11 mandados de prisão e nove de busca e apreensão, na região de Três Corações e Uberaba, no Triângulo Mineiro.





 

De acordo com o MP, a denúncia oferecida envolve 39 crimes envolvendo o tráfico de drogas, roubo e comercialização de armas cometidos pelo PCC na região. “As investigações duraram aproximadamente um ano. Durante a investigação e em razão dela, diversas prisões em flagrante foram efetivadas, com apreensão de maconha, crack e cocaína”, diz MP.

 

Dinheiro, droga e celulares foram apreendidos durante a operação (foto: Gaeco)
O Gaeco e a PM cumpriram nove mandados de busca e apreensão e 11 de prisões preventivas nas cidades de Três Corações e Uberaba. “Apurou-se que um dos líderes do grupo, processado e condenado em razão de ação penal decorrente de outra operação do Gaeco de Varginha (Argos), comandava parte das ações do grupo do interior da Penitenciária de Uberaba”, explica.

 

Trabalho em combate ao crime organizado contou com apoio da PM (foto: Gaeco)
A Operação Invisíveis contou com a participação de 46 policiais militares e foram empenhadas 18 viaturas. 

Argos 

A Operação Argos foi deflagrada em agosto de 2017 e cumpriu 19 mandados de busca e apreensão e 28 de prisões preventivas em Três Corações, Varginha, Cambuquira, Boa Esperança e Carmo da Cachoeira.





 

As investigações, que tiveram duração de aproximadamente 10 meses, apuraram que o grupo era comandado do interior da Penitenciária Regional de Três Corações, arquitetava os crimes já narrados, além de homicídios de concorrentes e rebeliões.

 

A Justiça condenou a mais de 700 anos de prisão 28 pessoas presas ligadas ao PCC e que atuava no Sul de Minas. Segundo o MP, o grupo se dedicava à prática de explosões de caixas eletrônicos, roubos a residências e de carros, comércio de armas, munições e explosivos, homicídios e tráfico de drogas.

 

Segundo a sentença dada pela 4ª Promotoria de Justiça de Três Corações, os envolvidos usavam menores de idade, violência e grave ameaça para executar os crimes.

 

Os réus foram condenados por crimes como tráfico de drogas, venda e posse de armas de fogo, receptação e organização criminosa. Além das penas, foram determinadas multas que ultrapassam R$ 1,7 milhão.   

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