De acordo com o MP, a denúncia oferecida envolve 39 crimes envolvendo o tráfico de drogas, roubo e comercialização de armas cometidos pelo PCC na região. “As investigações duraram aproximadamente um ano. Durante a investigação e em razão dela, diversas prisões em flagrante foram efetivadas, com apreensão de maconha, crack e cocaína”, diz MP.
O Gaeco e a PM cumpriram nove mandados de busca e apreensão e 11 de prisões preventivas nas cidades de Três Corações e Uberaba. “Apurou-se que um dos líderes do grupo, processado e condenado em razão de ação penal decorrente de outra operação do Gaeco de Varginha (Argos), comandava parte das ações do grupo do interior da Penitenciária de Uberaba”, explica.
A Operação Invisíveis contou com a participação de 46 policiais militares e foram empenhadas 18 viaturas.
Argos
A Operação Argos foi deflagrada em agosto de 2017 e cumpriu 19 mandados de busca e apreensão e 28 de prisões preventivas em Três Corações, Varginha, Cambuquira, Boa Esperança e Carmo da Cachoeira.
As investigações, que tiveram duração de aproximadamente 10 meses, apuraram que o grupo era comandado do interior da Penitenciária Regional de Três Corações, arquitetava os crimes já narrados, além de homicídios de concorrentes e rebeliões.
A Justiça condenou a mais de 700 anos de prisão 28 pessoas presas ligadas ao PCC e que atuava no Sul de Minas. Segundo o MP, o grupo se dedicava à prática de explosões de caixas eletrônicos, roubos a residências e de carros, comércio de armas, munições e explosivos, homicídios e tráfico de drogas.
Segundo a sentença dada pela 4ª Promotoria de Justiça de Três Corações, os envolvidos usavam menores de idade, violência e grave ameaça para executar os crimes.
Os réus foram condenados por crimes como tráfico de drogas, venda e posse de armas de fogo, receptação e organização criminosa. Além das penas, foram determinadas multas que ultrapassam R$ 1,7 milhão.