Um filhote de cachorro-do-mato que se perdeu de sua mãe foi recebido pelo Centro de Biodiversidade da Usipa (Cebus), em Ipatinga e está recebendo tratamento do médico veterinário Lélio Costa e Silva. O pequeno animal foi encontrado em Governador Valadares, pela Polícia Militar de Meio Ambiente, que o levou imediatamente para o Cebus, onde está desde a sexta-feira (23)
Costa e Silva, responsável pelo Cebus, disse que o animal está infestado por ecto e endoparasitas (carrapatos e vermes), mas, de forma geral, está bem de saúde. “Ele foi examinado e já iniciamos o tratamento para combater os vermes e os carrapatos. Acreditamos que o animalzinho tenha cerca de três meses de vida”, avaliou o médico veterinário. A partir de agora, o filhote receberá todos os cuidados necessários, até que tenha condições de retornar à natureza.
O filhote foi acolhido no Cebus por meio do Programa de Reabilitação da Fauna Sem Lar, ação conjunta entre o Cebus, o Instituto Estadual de Florestas (IEF), a Associação Regional de Proteção Ambiental do Vale do Aço (ARPAVA), a Polícia Militar de Minas Gerais, o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, a Promotoria de Meio Ambiente de Ipatinga (MG) e a Usiminas.
Sobre a espécie
O pequeno animal é da espécie Cerdocyon thous. Sua pelagem predominante é de cor cinza com preta, mas pode variar para marrom-claro; as patas são pretas ou têm um tom bastante escuro. De porte médio, quando adulto atinge, em média, 64 centímetros de comprimento, desconsiderando-se a sua cauda, a qual possui mais 31 centímetros.
Segundo Costa e Silva, os cachorros-do-mato habitam áreas abertas, campos e cerrados. É um animal territorialista e pode ser observado em grupos compreendendo um casal de adultos com até cinco filhotes.
É, usualmente, um caçador solitário e raramente caça em pares. Sua dieta onívora varia dependendo da estação, mas geralmente incluei grandes proporções de frutas, contribuindo para a dispersão de sementes, e pequenos mamíferos.
É, usualmente, um caçador solitário e raramente caça em pares. Sua dieta onívora varia dependendo da estação, mas geralmente incluei grandes proporções de frutas, contribuindo para a dispersão de sementes, e pequenos mamíferos.
Eles também podem se alimentar de insetos, aranhas, aves, répteis e anfíbios. A principal ameaça potencial são doenças transmitidas por cães domésticos. Por isso é importante a proibição do acesso de cães a áreas preservadas e unidades de conservação.