De acordo com o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a operação Coreia foi deflagrada para identificar facção criminosa ligada ao tráfico de drogas em Caxambu e região. “Ao que se tem, informações aportaram no Ministério Público anunciando que na cidade de Caxambu, integrantes de uma facção criminosa oriunda do estado de São Paulo, se instalaram com o objetivo de praticar crimes variados”, diz Gaeco.
As investigações apontaram que o trabalho era dividido por grupos. “Os investigados, para o tráfico reiterado de drogas, estavam hierarquizados e agiam com divisão de tarefas e loteamento de bairros, sendo que parte do grupo agia de dentro dos presídios da região. Daí o nome da Operação Coreia, havia briga entre estes traficantes, porque um não poderia invadir o espaço do outro”, afirma.
As três mulheres foram apontadas como chefes da organização. “Elas faziam a função de arrecadação de valores e até mesmo de disciplina, como chamamos quando elas aplicam punições. Uma delas, em particular, era um pouco mais violenta e aplicava punição a quem devia, a quem desobedecia às ordens dessa organização”, ressalta Leandro Panaim, promotor do Gaeco.
Segundo o Gaeco, para colocar em prática o esquema criminoso e venda da droga, a facação contava com integrantes, que exerciam funções de destaque denominadas de “Geral do Estado de Minas Gerais”, “Geral dos Estados e do País”, “Geral da Rifa do Estado de Alagoas” e “Geral do Cadastro”.
Além delas, outras 30 pessoas foram presas e lavadas para o Presídio de São Lourenço e de Caxambu. Na operação, também foram apreendidos celulares, drogas, numerário e material destinado ao tráfico.