Apesar de os indicadores da COVID-19 em Belo Horizonte estarem todos na zona de controle, a taxa de ocupação dos leitos de enfermaria da rede pública sofreu um aumento considerável dessa terça (27) para esta quinta (29): de 39,9% para 49,8%.
Os dados são do boletim epidemiológico e assistencial da PBH. Vale lembrar que a prefeitura não divulgou boletim nessa quarta (28) por causa do feriado do Dia do Servidor Público.
Ainda que o crescimento tenha sido substancial na rede SUS, a prefeitura também leva em consideração a rede suplementar (hospitais privados) para tomar decisões. Dessa maneira, a taxa de ocupação das enfermarias em geral está em 28,2%.
Portanto, o indicador permanece na faixa controlada, a verde, abaixo dos 50%. Porém, houve crescimento também nesse parâmetro, já que no balanço anterior a ocupação era de 25,5%.
Já no caso dos leitos de UTI, a PBH computou leve crescimento: de 30% para 30,2%. Por isso, o indicador também permanece na zona controlada.
Nos leitos de terapia intensiva da rede pública, a cidade registra ocupação de 48,3%.
Outro indicador fundamental para a tomada de decisões do Executivo municipal é o número médio de transmissão por infectado. O chamado fator RT permaneceu em 0,89 pelo terceiro boletim consecutivo.
Por isso, o indicador também está na fase de controle. A situação só vai para a zona de alerta a partir de 1.
Casos e mortes
Belo Horizonte chegou nesta quinta a 1.474 mortes por COVID-19. O boletim epidemiológico e assistencial da prefeitura informa que nove óbitos pela doença aconteceram desde o último boletim, divulgado nessa terça.
Quanto ao número de casos, a cidade chegou a 48.123 – uma diferença de 368 diagnósticos para o levantamento anterior. A cidade tem, além dos quase 1,5 mil mortos, 1.827 casos em acompanhamento e 44.822 recuperados.
No levantamento por regionais, a Noroeste é aquela com o maior número de mortes: 192, 13 a mais que as regiões Nordeste e Oeste. Na sequência, aparecem Venda Nova (173), Leste (166), Barreiro (161), Norte (144), Centro-Sul (143) e Pampulha (137).
Entre as pessoas que morreram vítimas da COVID-19 em Belo Horizonte, 818 são homens e 647 mulheres. A maioria dos óbitos, 82,5% (1.216), é formada por idosos. Outros 15,1% (223) foram de pessoas entre 40 e 59 anos; e 2,3% (34) entre 20 e 39 anos. Há, ainda, uma morte de paciente entre 10 e 14 anos.
Quanto à raça/cor, 50,1% das pessoas diagnosticadas com casos graves eram pardas, 27,9% brancas, 9,5% pretas e 0,8% amarelas. De acordo com a PBH, 11,6% não tem raça/cor especificada ainda.
Além disso, 97,5% dos óbitos são de pessoas com fator de risco, segundo a prefeitura. Apenas 37 mortes sem comorbidades: 30 homens e sete mulheres.
A idade, cardiopatia, diabetes, pneumopatia, obesidade, nefropatia e doenças neurológicas são as comorbidades mais comuns.