Jornal Estado de Minas

RECORDE

Há 200 dias não é registrado um homicídio no Aglomerado da Serra

Números expressivos mostram a queda do registro de mortes em três das quatro principais favelas de Belo Horizonte. O destaque é o Aglomerado da Serra, onde não ocorre um assassinato há 200 dias, um recorde em 27 anos, desde que foi criado o 22º BPM. Mas merecem destaque, também, o Morro do Papagaio, que não registra uma morte há 171 dias, e o Morro das Pedras, há 110 dias sem homicídio. O quarto maior aglomerado, Alto Vera Cruz/Taquaril, não tem assassinatos há 31 dias.





Dentro de um período de 10 meses, oito foram dentro do confinamento devido à pandemia da COVID-19. No entanto, segundo o tenente coronel Fábio Almeida, comandante do 22º BPM, responsável pelo patrulhamento dessas áreas e também do Centro-Sul de Belo Horizonte, não se pode creditar essa redução à reclusão das pessoas.

“No casso do Aglomerado da Serra, podemos atribuir, sim, que a redução se deve a fatores de atuação da Polícia Militar, que são o aumento do policiamento preventivo, prisão dos principais homicidas e traficantes da região, denúncias da população, apreensão recorde de armas de fogo e uso da tecnologia”, segundo ele.

Outros números, nesses 200 dias, chamam a atenção com relação ao Aglomerado da Serra, considerado o maior aglomerado urbano de Minas Gerais e um dos maiores do país e da América Latina.

No período, foram apreendidas 65 armas de fogo; 314 autores de crimes foram presos em flagrante; 58 menores infratores foram apreendidos; 24 foragidos foram recapturados; 14.009 pinos de cocaína, 19.169 barras, buchas e porções de maconha foram apreendidas; assim como 4.572 pedras de crack; 143 rádios comunicadores foram localizados e capturados; 56 celulares furtados ou roubados foram recuperados e 21 veículos furtados e roubados recuperados.

“Além disso, na Serra, este ano, aconteceu apenas um homicídio, no dia 12 de abril”, lembra o comandante.




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