No local, foram atendidos pacientes de 33 municípios, totalizando 583. A maior parte de Divinópolis (415), seguido por Carmo do Cajuru (31). Os dados são referentes até 28 de outubro.
O pico das internações ocorreu entre julho e agosto. Em setembro, houve uma pequena redução, mas o número voltou a subir em outubro.
Com 20 leitos de enfermaria e outros 35 no Centro de Terapia Intensiva (CTI), a média da taxa de ocupação é em torno de 30%. “Ela tem caído e o Estado, como financiador desses leitos, quer uma programação para que a gente vá desfazendo essas estruturas de uma forma tranquila, sem comprometer a assistência”, explicou o secretário de Saúde de Divinópolis, Amarildo de Sousa.
Com a segunda onda prevista apenas para o próximo ano, o secretário alega que não justifica manter a estrutura financeiramente sem utilizá-la.
“Se for preciso, a gente também não vai desmontar todo de uma vez. Se for o caso, a gente volta, porque são equipes caras e não dá pra ficar penalizando o estado assim também”, argumenta.
O valor do contrato com a empresa gestora é de R$1,4 milhão. Entretanto, o custo final dependerá da taxa de ocupação. Como não atingiu 100%, deverá ficar abaixo do limite contratual.
Hospital referência
Outros 10 leitos de CTI adulto e cinco neopediátrica, além de 36 de enfermaria para COVID-19 estão instalados no Complexo de Saúde São João de Deus (CSSJD). “Todos com financiamento estadual e federal e com gerenciamento municipal”, destacou o secretário de Saúde.
Eles não irão entrar no processo de desmobilização da estrutura temporária e deverão ser mantidos até o final da pandemia como hospital de retaguarda para municípios da Região Centro-Oeste.
De acordo com dados da assessoria do CSSJD, a taxa de ocupação do CTI adulto, até às 17h desta sexta-feira (30), era de 110%. Um paciente será transferido para o Hospital de Campanha. Já na enfermaria era de 22,22%. Não há crianças internadas no CTI infantil.
A ideia é manter os leitos exclusivos para tratamento do novo coronavírus disponíveis no São João de Deus até o fim da pandemia. “No final, queremos que os leitos extras continuem no hospital São João de Deus”, destacou Sousa.
Onda Verde
Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde confirmou a desmobilização do hospital de campanha. “Devido ao cenário epidemiológico da macrorregional, que permanece na Onda Verde do Plano Minas Consciente, combinado à baixa demanda por leitos no momento, 22% de ocupação de casos COVID-19 na microrregião Divinópolis, o Hospital de Campanha de Divinópolis, estrutura temporária, será desmobilizado conforme previsto no Plano de Contingência”.
A ocupação de leitos para casos da doença, em Divinópolis no momento, segundo a SES, é de 9,33% leitos de CTI e 9,6%, enfermaria.
Embora a taxa de utilização dos leitos exclusivos para tratamento da COVID-19 esteja baixo, Divinópolis registrou ocupação de 100% dos direcionados para não COVID. Nessa quinta-feira (29), todos os 69 estavam ocupados, tanto os da saúde complementar, como os do Sistema Único de Saúde (SUS).
Divinópolis já ultrapassou as 15 mil notificações suspeitas da doença. Já são 1848 confirmações, 69 mortes registradas e 1.703 pacientes recuperados, conforme o boletim divulgado na quinta.
*Amanda Quintiliano especial para o EM