"Muito baixo movimento. Está atípico. Neste horário, no ano passado, estava muito cheio", afirmou Emerson Luiz que trabalha na capina dos túmulos. Tradicionalmente, centenas de pessoas costumam visitar o cemitério no Dia de Finados, mas, neste ano, o movimento foi bastante tranquilo e sem aglomerações.
As pessoas chegavam a pé ou de carro para fazer a visita, mas em nenhum momento se pode ver filas de carros como em outros tempos. Finados também é o dia em que as famílias averiguam se está tudo certo com os túmulos e procura enfeitá-los com flores. A pedagoga Ana Paula Cassimiro, de 53, se emocionou ao visitar o túmulo dos pais, Guilherme e Taíva.
O pai morreu há nove anos e a mãe há sete, mas, ela destaca que a saudade só aumenta com o passar do tempo. Ela aproveitou a visita para cuidar do jazigo e fez oração. Por minutos, ela ficou em contemplação, tendo ao fundo a moldura da Serra do Curral.
"Perder pai e mãe é perder a referência de vida", disse.
Mas o dia não é apenas de tristeza, mas de relembrar os bons momentos. Ronilda de Jesus Coelho, de 38, disse que é um dia de boas recordações ao visitar o túmulo da família.
Era esse o mesmo sentimento de José Marcos Mello, de 84 anos. "São lembranças do passado da gente. O dia representa o amor que sempre tivemos para os que não estão mais aqui."