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Estado de Minas VOLTA PRA CASA

Aglomerações e muita reclamação no Terminal JK, na volta do feriado de Finados

Chegada de vários ônibus no mesmo horário, sem qualquer planejamento, provocou grande tumulto tanto nas dependências do terminal quanto no trânsito no entorno; situação é recorrente em feriados prolongados


03/11/2020 10:42 - atualizado 03/11/2020 17:29

(foto: Elian Guimarães)
(foto: Elian Guimarães)
A volta do feriado de Finados provocou grandes aglomerações no Terminal JK, na Região Centro-Sul de BH. Mesmo com a pandemia ainda em curso, vários ônibus despejaram centenas de passageiros durante toda a madrugada e manhã desta terça-feira (3). A concentração de veículos e pessoas é recorrente, com maior intensidade nos feriados prolongados.

Já na madrugada, o barulho de motores e pessoas já incomodava os moradores das imediações. A tradutoral Julieta Aboeda, moradora do Bloco B do condomínio JK, conta que quase não dormiu à noite. "Parecia haver uma festa rave por lá, com muita gritaria, gente falando alto e muito barulho." Pela manhã, os ônibus se acumulavam nas imediações à espera de espaço para desembarque. Os coletivos de viagem fechavam cruzamentos de vias importantes, como as avenidas Amazonas e Olegário Maciel, tumultuando o trânsito. Muitos passageiros e bagagens eram desembarcados no meio das ruas ou avenidas próximas.

Não havia qualquer fiscalização. Dentro do terminal, centenas de pessoas se aglomeravam, algumas sem máscaras, aguardando transporte para suas casas. Sem banheiro aberto ao público, a via pública e as pilastras do terminal e do bloco B do Edifício JK, situado na Rua dos Guajajaras, em frente ao terminal, serviam de locais para aliviar as necessidades fisiológicas de passageiros e motoristas de táxi e aplicativos.

O Terminal JK é o segundo em movimento e chegadas e partidas de ônibus, só ficando atrás da rodoviária da capital. São inúmeros ônibus fretados por agências ou pessoas em excursões de negócios ou passeios que utilizam o local. 
 
Em nota a prefeitura de Belo Horizonte informou que a Guarda Municipal realiza patrulhas preventivas, espontaneamente, em todos os dias da semana, por toda a cidade, o que inclui a Região Centro-Sul, onde está localizado o Terminal JK.  E que, para evitar a disseminação do Coronavírus, as abordagens são voltadas também para a conscientização da população sobre a importância de evitar aglomerações e de observar o uso de máscaras.
 
Quanto a situação de embarque e desembarque de passageiros a nota diz trata-se de transporte intermunicipal e que a "competência de fiscalização cabe ao DEER. O trânsito na região foi monitorado pela BHTRANS. E já está programada uma fiscalização com a UIT (Unidade Integrada de Trânsito), que reúne BHTRANS, Guarda Municipal e Polícia Militar."
 
Sobre a edificação a prefeitura, informou que o Terminal Rodoviário integra, junto das edificações residenciais, o Conjunto JK, que já se encontra com processo de tombamento aberto no Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural de Belo Horizonte.
 
Segundo a nota "atualmente, está sendo criado um projeto arquitetônico com proposta de padronização de fachadas do Terminal Rodoviário. Porém, a definição de uso do espaço é de competência do proprietário da edificação. À Diretoria de Patrimônio Cultural da Fundação Municipal de Cultura cabe avaliar se as propostas para o uso do espaço são compatíveis com as diretrizes de proteção do mesmo.
 
Considerado uma “cidade vertical”, com 5 mil habitantes, em duas torres, uma de 34 andares, na Praça Raul Soares e outra de 22, na Rua dos Timbiras, o condomínio JK conta 1.086 apartamentos de 13 tipos, abrigando 5 mil moradores  mais gente que um quarto dos municípios mineiros, que se locomovem através de 17 elevadores. Foi projetado em 1952 por Oscar Niemeyer (1907-2012).
 
Condomínio do Conjunto JK responde 
 
Em nota, "a Administração do Condomínio do Conjunto JK afirma entender as reclamações sobre o excesso de barulho nos embarques e desembarques realizados no Terminal JK, principalmente em horários noturnos e retornos de feriados, como explicita a matéria. 

Porém, o condomínio é apenas o locador das lojas ocupadas pelas empresas de turismo que operam no local e não tem nenhuma responsabilidade quanto à fiscalização do trânsito ou dos próprios veículos e empresas, fiscalização esta que cabem ao DEER-MG (Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais), pois são empresas de circulação interestadual, e também à BHTrans, que fiscaliza as vias da capital mineira, coordenando, inclusive, as sinalizações de trânsito e horário de embarque/desembarque. 

O condomínio não tem poder de polícia para atuar como órgão fiscalizador e se solidariza e coloca-se à disposição para discutir ações que vierem a ser tomadas pelo Estado e pelo Município para melhorar o trânsito do Terminal Turístico, onde, inclusive, está sediada a 3ª AISP (Área Integrada de Segurança Pública), contendo uma delegacia da Polícia Civil e um Batalhão da Polícia Militar de Minas Gerais".
 
 


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