Poder voltar a dançar com o sorriso aberto é o sonho de Joyce Pedro, de 23 anos, bailarina do Grupo Rosários - Danças Folclóricas Brasileiras, da Escola de Educação Física da UFOP, em Ouro Preto, Região Central de Minas Gerais. A estudante de educação física, depois de sofrer um desmaio e cair com o rosto no chão, teve a mandíbula e vários dentes fraturados.
“Foi um dia comum, estava na faculdade e do nada desmaiei no corredor. Na hora não tinha ninguém ao meu lado, não me lembro do tombo e, segundo os relatos, fui com muita intensidade para o chão. Como estava inconsciente, não tive o reflexo de colocar a mão na frente para amortecer a queda. Acordei rodeada de uma poça de sangue”, conta.
O episódio aconteceu em 13 de abril de 2019, e a estudante ainda sofre as consequências do trauma. Com mais de um ano sem poder mastigar, as implicações vão do desequilíbrio na oclusão dentária, tecido da gengiva alterado, perda óssea e até gastrite. “As dores começaram a ficar intensas no final de 2019. O problema é que não sobrou nenhum dente da minha boca que não tenha sofrido com o trauma da queda. Não tem nenhum intacto e quanto maior a demora do tratamento, maior é o risco de perda total. Só sei que, ao todo, perdi um dente inteiro, 95% de um outro, 50% de outro, e ao menos um pedaço de cada um dos outros”.
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Reconstrução
Segundo a estudante, o orçamento preciso é difícil de ser dado para tratar todas as lesões causadas. A jovem terá que passar por diversas cirurgias dentárias e implantes para ter o sorriso e a saúde de volta.
Por isso, a ideia da vaquinha virtual tem sido a esperança da estudante. Diversos amigos e familiares têm feito uma campanha nas redes sociais e na cidade para arrecadar o dinheiro. Para ajudar, clique aqui.
Tombos são comuns
Após ser socorrida pelos Bombeiros, a estudante foi encaminhada para a Santa Casa de Ouro Preto. Devido à gravidade do trauma, ela foi transferida para o Hospital João XXII, em Belo Horizonte. Segundo o dados do hospital, em 2019, Joyce foi um dos 8.064 casos de queda da própria altura atendidos. Em 2020, até 2 de novembro, já foram 5.107 casos.
De acordo com o cirurgião do trauma do Hospital João XXIII Bruno Vergara, acidentes de queda de própria altura são mais frequentes entre idosos ou pessoas com mobilidade reduzida. Alguns motivos que causam tombos entre os jovens costumam estar relacionados a outras doenças, como arritmia cardíaca, diabetes mal controladas ou o uso exagerado de bebidas alcoólicas, que podem proporcionar a perda da consciência momentânea e a queda.
“Os jovens também estão suscetíveis aos tombos e a gravidade do acidente está envolvida com a energia. Dependendo da queda pode causar lesões graves, se a pessoa desmaiar antes, ela perde os mecanismos de defesa do corpo e ter sequelas difíceis de resolver”.
De acordo com o cirurgião do trauma do Hospital João XXIII Bruno Vergara, acidentes de queda de própria altura são mais frequentes entre idosos ou pessoas com mobilidade reduzida. Alguns motivos que causam tombos entre os jovens costumam estar relacionados a outras doenças, como arritmia cardíaca, diabetes mal controladas ou o uso exagerado de bebidas alcoólicas, que podem proporcionar a perda da consciência momentânea e a queda.
“Os jovens também estão suscetíveis aos tombos e a gravidade do acidente está envolvida com a energia. Dependendo da queda pode causar lesões graves, se a pessoa desmaiar antes, ela perde os mecanismos de defesa do corpo e ter sequelas difíceis de resolver”.