Viçosa, na Zona da Mata, registrou número recorde de novos casos da COVID-19 em outubro. Houve um aumento de 59% em relação a setembro, com 164 novos infectados pela doença. Até então, o maior número de confirmações por mês havia sido registrado em agosto: 135 casos.
O município já passou a marca de 500 infectados. De acordo com o último boletim epidemiológico, divulgado nesta terça-feira (3), 558 pessoas foram infectadas desde o início da pandemia e quatro pessoas morreram. Atualmente existem 51 casos ativos.
Para o secretário municipal de saúde, Marcus Schitini, o aumento é consequência da flexibilização. Porém, ele afirma que a situação está controlada na cidade. “No mês de outubro, o município chegou à menor taxa de isolamento social desde o início da pandemia (35%). Com a flexibilização das atividades conforme as deliberações do Programa Minas Consciente, o fluxo de pessoas nas ruas e estabelecimentos é maior” afirma.
Apesar do aumento em relação aos meses anteriores, o número de casos está estável em relação a duas semanas atrás. A média móvel nesta terça é de 5,6 casos por dia, enquanto no dia 20 de outubro era 5,7 casos em média por dia.
Marcus explica que mais de 10 mil notificações foram feitas até agora e os testes continuam sendo realizados. “O serviço de monitoramento para rastrear os contatos próximos de quem testou positivo está funcionando, e contribui para confirmar mais casos da doença. Quando a Vigilância Epidemiológica consegue identificar um núcleo familiar inteiro que foi infectado, é possível também frear a contaminação, uma vez que todas as pessoas são isoladas e não espalham mais o vírus.”
“Vale ressaltar que a taxa de ocupação de leitos está baixa e nunca sequer chegou perto de 50%, desde o início da pandemia” finaliza.
De acordo com a prefeitura, as mulheres correspondem a maioria dos casos infectados pelo coronavírus, sendo 56,3%. Já os homens somam 43,7% do total. A faixa etária que concentra a maioria de casos positivos é a de 30 a 59 anos com 55,2%. As crianças, jovens e adultos de até 29 anos somam 30% do total de casos. Os idosos, considerados grupo de risco para a doença, representam somente 14,8% do total de casos confirmados até agora na cidade.