Nove crianças e nove adultos, moradores de um prédio inacabado ocupado de maneira irregular, localizado no Bairro Castelo, na Região da Pampulha, em Belo Horizonte, precisaram ser encaminhados para os hospitais Odilon Behrens e João XXIII na manhã desta quarta-feira (4), devido à fumaça inalada em um incêndio que começou no primeiro andar da estrutura. O estado de saúde delas é estável.
'Os bombeiros me salvaram', diz moradora de prédio irregular que pegou fogo no Castelohttps://t.co/ScyA8S4jaB pic.twitter.com/gJUC8kU7PL
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Ao menos 26 moradores dos andares superiores precisaram de ajuda para evacuar o prédio. Parte da fiação energizada ficou exposta e algumas pessoas tentaram descer por uma escada improvisada ao lado do edifício.
Tânia Aparecida, de 59 anos que se mudou recentemente com o marido para o sétimo andar da ocupação, contou à reportagem do jornal Estado de Minas que estava sozinha em casa no momento em que as chamas começaram. “Eu não vi, estava dormindo no sétimo andar e acordei com a fumaça. Estava custando a respirar eu e o cachorrinho”, relata.
Segundo ela, quando acordou e notou o que estava acontecendo, percebeu a aproximação de um dos militares do Corpo de Bombeiros e pediu por socorro. “O bombeiro estava subindo para o oitavo andar. Eu gritei ele e dei a chave pelo buraco, ele abriu e me salvou”, relatou Tânia, que afirma que não pretende mais ficar no local.
De acordo com o capitão Ranier Costa o fogo teria começado em matérias recicláveis acumulados pelos moradores do local. “Os moradores desse prédio como é uma invasão, acumulam muito material reciclável, papelão, tudo que eles encontram eles trazem ali para baixo e vão acumulando. O fogo iniciou-se nesse material e passou para o primeiro e o segundo andar”, explicou.
Capitão Ranier Costa, do Corpo de Bombeiros, diz que o fogo em prédio no Castelo teria começado em materiais recicláveis acumuladoshttps://t.co/QpELzOujp5 pic.twitter.com/BTCeVW6yqh
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Após finalizar o combate às chamas, o rescaldo durou cerca de três horas. O imóvel foi interditado. “Nós vamos fazer a interdição desse prédio porque é um local inseguro para a habitação. Então a ideia é interditar para que as pessoas não entrem novamente para não serem alvos de incêndios novamente”.
*Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.