Equipes da Defesa Civil de Belo Horizonte, da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), da Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte (Urbel), da Regional Pampulha e Assistência Social continuam nesta quinta-feira as operações para retirada dos pertences dos moradores que ocupavam o prédio inacabado que pegou fogo ontem no Bairro Castelo.
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Permuta, Justiça e reintegração: prédio que pegou fogo no Castelo tem histórico de desavençasCão fica com a pata queimada durante incêndio em prédio no Bairro Castelo'Os bombeiros me salvaram', diz moradora de prédio irregular que pegou fogo no CasteloMoradores em situação de rua brigam e colocam fogo em prédio de BHMais famílias de prédio que pegou fogo no Bairro Castelo receberão auxílio da PBH Coleta seletiva de lixo volta a ser realizada em BH a partir de segunda-feiraAlém da logística de mudança e ajuda humanitária – fornecimento de colchões, cobertores e cestas básicas, a prefeitura disponibilizou um auxílio de habitação no valor de R$ 500 mensais para que as famílias providenciem novas moradias ou para apoiar a permanência provisória dessas pessoas nas casas de parentes ou amigos que os acolheram.
Militares do Corpo de Bombeiros foram acionados para apagar um incêndio e socorrer moradores pouco antes das 10h30 desta quarta. Segundo eles, o fogo começou em um apartamento no primeiro andar do edifício.
De acordo com relatos, moradores dos andares superiores não conseguiam sair, e parte da fiação energizada ficou exposta, o que dificultou a evacuação do prédio.
A Cemig foi chamada. Algumas pessoas tentaram descer por uma escada improvisada ao lado do edifício, mas foram socorridas pelos bombeiros.
No total, 18 pessoas precisaram ser levadas aos hospitais Odilon Behrens e João XXIII, ambos em Belo Horizonte: nove crianças e nove adultos. A causa de todos os socorros foi a inalação de fumaça.
Tânia Aparecida, de 59 anos que se mudou recentemente com o marido para o sétimo andar da ocupação, contou à reportagem do EM ontem que estava sozinha em casa no momento em que as chamas começaram. “Eu não vi, estava dormindo no sétimo andar e acordei com a fumaça. Estava custando a respirar eu e o cachorrinho”, disse.
De acordo com a prefeitura, 88 pessoas de 30 famílias moravam no local. Em maio de 2018, uma reportagem do Estado de Minas alertou para os riscos de acidentes no imóvel. O texto citava o acúmulo de entulho no local, além da perfuração de uma mina d’água, que inunda a garagem do edifício e traz riscos aos pilares. Fruto da permuta entre o proprietário do terreno e uma construtora, o edifício protagoniza uma disputa judicial desde 2017. (Com informações de Déborah Lima e Gabriel Ronan)