Equipes da Defesa Civil de Belo Horizonte, da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), da Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte (Urbel), da Regional Pampulha e Assistência Social continuam nesta quinta-feira as operações para retirada dos pertences dos moradores que ocupavam o prédio inacabado que pegou fogo ontem no Bairro Castelo.
“O imóvel sinistrado pelo incêndio continua interditado pelo Corpo de Bombeiros e Defesa Civil. A interdição permanece até que os responsáveis legais adotem medidas para recuperação e mitigação dos riscos no local”, disse a Defesa Civil da capital na manhã desta quinta-feira.
Além da logística de mudança e ajuda humanitária – fornecimento de colchões, cobertores e cestas básicas, a prefeitura disponibilizou um auxílio de habitação no valor de R$ 500 mensais para que as famílias providenciem novas moradias ou para apoiar a permanência provisória dessas pessoas nas casas de parentes ou amigos que os acolheram.
Militares do Corpo de Bombeiros foram acionados para apagar um incêndio e socorrer moradores pouco antes das 10h30 desta quarta. Segundo eles, o fogo começou em um apartamento no primeiro andar do edifício.
Capitão Ranier Costa, do Corpo de Bombeiros, diz que o fogo em prédio no Castelo teria começado em materiais recicláveis acumuladoshttps://t.co/QpELzOujp5 pic.twitter.com/BTCeVW6yqh
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Bombeira há seis anos, a soldado Junia Fernandes Lopes, conta como foi o resgate de animais no incêndio em prédio do Bairro Castelo pic.twitter.com/urplHl6MEz
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De acordo com relatos, moradores dos andares superiores não conseguiam sair, e parte da fiação energizada ficou exposta, o que dificultou a evacuação do prédio.
A Cemig foi chamada. Algumas pessoas tentaram descer por uma escada improvisada ao lado do edifício, mas foram socorridas pelos bombeiros.
No total, 18 pessoas precisaram ser levadas aos hospitais Odilon Behrens e João XXIII, ambos em Belo Horizonte: nove crianças e nove adultos. A causa de todos os socorros foi a inalação de fumaça.
'Os bombeiros me salvaram', diz moradora de prédio irregular que pegou fogo no Castelohttps://t.co/ScyA8S4jaB pic.twitter.com/gJUC8kU7PL
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Tânia Aparecida, de 59 anos que se mudou recentemente com o marido para o sétimo andar da ocupação, contou à reportagem do EM ontem que estava sozinha em casa no momento em que as chamas começaram. “Eu não vi, estava dormindo no sétimo andar e acordei com a fumaça. Estava custando a respirar eu e o cachorrinho”, disse.
De acordo com a prefeitura, 88 pessoas de 30 famílias moravam no local. Em maio de 2018, uma reportagem do Estado de Minas alertou para os riscos de acidentes no imóvel. O texto citava o acúmulo de entulho no local, além da perfuração de uma mina d’água, que inunda a garagem do edifício e traz riscos aos pilares. Fruto da permuta entre o proprietário do terreno e uma construtora, o edifício protagoniza uma disputa judicial desde 2017. (Com informações de Déborah Lima e Gabriel Ronan)