Os cinco anos da tragédia de Mariana, na Região Central de Minas Gerais, foram lembrados por meio de luzes no Congresso Nacional, em Brasília, na noite desta quinta-feira (5). Imagens também foram compartilhadas em São Paulo (SP), Ribeirão Preto (SP) e Belo Horizonte.
Nas imagens refletidas em BH, o grupo projetou a seguinte mensagem: “A lama entrou pela cozinha e saiu pela sala”. Já no Congresso, os dizeres foram:“Reparação já! Cinco anos de injustiça no Rio Doce”.
Em São Paulo, a mensagem lembrava da catástrofe com a barragem da Samarco a partir de uma frase do atingido Mauro da Silva: "A água já tinha coberto toda a casa do meu pai"
O trabalho é do grupo Projetemos, que reúne esforços de dezenas de artistas, DJ’s, professores e pesquisadores de todo o Brasil.
“Estamos fazendo projeções desde o início da pandemia, com pessoas do país inteiro. O que a gente tenta é evidenciar o debate de pautas de interesse público, como a mineração, as queimadas e a violência contra as mulheres", afirma Celso Lembi, que projeta em BH.
Segundo ele, o grupo não há uma frequência definida para as projeções, mas elas acontecem sempre que há pautas de interesse público no cotidiano. Um exemplo foi o estupro da influencer Mari Ferrer.
“BH é a segunda cidade onde mais se projeta no Brasil. Só perde para São Paulo. Também pautamos coisas ligadas à cultura e à arte, além de serviços públicos, como a prevenção contra o coronavírus”, diz o professor de artes, Celso Lembi.