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Estado de Minas FAUNA SEM LAR

Animais silvestres terão atendimento garantido por mais um ano na Usipa

O Centro de Biodiversidade da Usipa, em Ipatinga, renovou parceria com associação de proteção animal para continuar salvando animais silvestres vítimas de maus-tratos


06/11/2020 17:38 - atualizado 06/11/2020 17:59

Filhotes de gambá que se perderam da mãe foram salvos pela equipe médica do Cebus/Usipa(foto: Divulgação Usipa)
Filhotes de gambá que se perderam da mãe foram salvos pela equipe médica do Cebus/Usipa (foto: Divulgação Usipa)
O Centro de Biodiversidade da Usipa (Cebus) renovou parceria com a Associação Regional de Proteção Ambiental do Vale do Aço (ARPAVA), que garante por mais um ano o Convênio de Cooperação Técnica e Financeira, para o funcionamento do Programa de Reabilitação da Fauna sem Lar. O programa é uma ação conjunta entre o Cebus, o Instituto Estadual de Florestas (IEF), a Associação Regional de Proteção Ambiental do Vale do Aço (ARPAVA), a Polícia Militar de Minas Gerais, o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, a Promotoria de Meio Ambiente de Ipatinga (MG) e a Usiminas.

O objetivo deste programa é prestar serviços médico-veterinários e atendimentos clínicos a animais silvestres recolhidos pela Polícia Militar de Meio Ambiente, Corpo de Bombeiros do Vale do Aço e pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF). 

Quase 1.500 animais já foram atendidos pelo programa. Eles foram resgatados ou recolhidos pelos órgãos competentes, em situação de risco.Os animais atendidos são provenientes das cidades de Ipatinga, Coronel Fabriciano, Timóteo, Santana do Paraíso, Belo Oriente, Ipaba, Açucena, Governador Valadares e região, Manhuaçu, Pingo D’Água, João Monlevade, Itabira, Bom Jesus do Galho, dentre outras.

Entre os animais atendidos, há aves, répteis e mamíferos, sendo que a maioria são aves (psitacídeos e passeriformes) vítimas do tráfico e mamíferos agredidos, atropelados ou feridos por equipamentos urbanos.

Neste período, o Cebus contabilizou a perda de 37% dos atendimentos por morte. Foram animais que deram entrada no Centro de Biodiversidade em situação grave, com lesões profundas, sem chances de recuperação, mesmo recebendo atendimento adequado.

Em setembro, dos 78 animais atendidos, 52 deles eram gambás cujas mães foram mortas e os filhotes trazidos para a amamentação. Apenas três fêmeas foram trazidas com vida. Duas destas conseguiram retornar para a natureza com a totalidade dos filhotes. A outra, devido ao estado precário em que foi encontrada, morreu juntamente com seus filhotes. 

O Cebus não está autorizado a receber animais silvestres levados diretamente por particulares. Os animais são entregues pela Polícia Ambiental ou Corpo de Bombeiros, acompanhados da documentação de origem.


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