Os casos de COVID-19 em Lagoa Santa, Região Metropolitana de Belo Horizonte tiveram um aumento de 90,6% na média móvel nas últimas duas semanas. Entre os dias 24 de outubro a 6 de novembro foram registrados 61 casos e entre os dia 10 a 23 de outubro foram 32 registros.
Informações retiradas dos boletins epidemiológicos mostram uma mudança no perfil dos contaminados no último mês. São na maioria pessoas com menos de 60 anos e do sexo masculino. Um exemplo é o boletim do dia 3 de novembro que apresentou 18 novos casos, desses, apenas três são de idosos. O restante são idades entre 13 anos e 47 anos.
O reflexo disso, segundo Urbano é que os jovens têm buscado mais atividades que antes estavam restritas como ida a bares, frequência a shoppings e cachoeiras. “Além disso, as atividades de comércio têm aumentado as vagas temporárias de trabalho, tivemos um aumento de jovens à procura de empregos e esse fator leva-os a usar mais os transportes públicos”.
Outro fato destacado pelo secretário é que a população no geral tomou uma atitude considerando que a pandemia havia acabado. “Essa tem sido uma das dificuldades nos estados e municípios de conscientizar a população que ainda estamos em uma situação de emergência para a saúde pública”. Ele completa que no período eleitoral, devido à lei, as redes de comunicação de Lagoa Santa e demais municípios foram retiradas do ar e isso dificulta ainda mais a comunicação com a população em geral.
Novas estratégias
A Secretaria de Saúde vai rever os planos de flexibilização e vai permanecer com a estrutura criada para o combate à pandemia. “Lagoa Santa vai apresentar uma nova estratégia que será um ambulatório de acompanhamento de todos os pacientes que foram testados positivo anteriormente. Isso porque no mundo afora já se constata que pessoas que tiveram COVID-19 foram contaminadas novamente”, explicou o secretário.