Divinópolis, na região Centro-Oeste de Minas Gerais registrou em outubro queda em três indicadores da COVID-19: média de notificações, mortes e internações. Já o de confirmações manteve o mesmo patamar do mês anterior. Os dados foram divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde, que atribuiu a redução às medidas adotadas pelo município e a conscientização da população.
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Já a progressão de casos confirmados manteve-se estável. A média foi de 14.2 nos dois meses. Divinópolis contabiliza 15789 notificações, 2016 casos confirmados e 70 óbitos em decorrência do novo coronavírus, segundo o boletim divulgado nesta segunda-feira (09). Os pacientes recuperados somam 1797. 55 pessoas em tratamento contra a doença estão internadas em enfermarias e CTI’s, com taxa de ocupação de 26,3%.
Distanciamento
O secretário municipal de Saúde Amarildo de Sousa disse que a queda é reflexo do trabalho ostensivo desenvolvido pelo município desde o início da pandemia. “Estamos colhendo os frutos agora”, afirmou. A cidade foi a primeira do estado a registrar um caso da doença. Antes mesmo da confirmação, havia um plano de contingência.
Embora os indicadores sinalizem uma melhora no cenário local, a preocupação ainda continua. Apesar de destacar a queda, o secretário pede que as medidas de prevenção não sejam abandonadas. “A gente não pede mais isolamento, agora ele é só para quem tem sintomas. Para quem não está com sintomas é o distanciamento social. Pode estar nos locais, mas com dois metros de distância para que a gente possa continuar na onda verde. Se afrouxar nem sei o que pode acontecer”, alertou.
Com liberação total das atividades econômicas, restrições foram estabelecidas para manter a segurança. Para tentar manter os indicadores, o município também está apostando na fiscalização. “Um dos fatores é a fiscalização ostensiva. O povo pode até achar ruim, mas desaglomera. São festas clandestinas nos finais de semana com 400 pessoas. Em apenas uma, são 400 pessoas que a gente devolve para casa”, cita. Os eventos estão permitidos apenas com aprovação do protocolo sanitário e com no máximo 250 pessoas.
Além das ações, outro fator foi destacado pelo secretário: o climático. “Estamos no período em que é previsto para ter uma queda”, destacou. Mesmo com as festas de final de ano se aproximando, os olhos já estão voltados também para fevereiro e março, quando está prevista a segunda onda da COVID-19 no país. “Estamos seguindo um padrão do que está acontecendo na Europa”, destacou.
*Amanda Quintiliano especial para o EM