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Estado de Minas CRIME

Mulher é suspeita de mandar matar esposa do amante usando promessas amorosas

Durante investigação, a polícia descobriu uma intensa troca de mensagens entre a mandante e o autor, inclusive de cunho erótico


10/11/2020 15:14 - atualizado 10/11/2020 15:49

Foto em coletiva de imprensa (foto: PCMG/Divulgação)
Foto em coletiva de imprensa (foto: PCMG/Divulgação)
Uma mulher é suspeita convencer um colega a matar a esposa de seu amante usando promessas amorosas. A vítima, de 34 anos, foi morta com 40 facadas, no dia 14 de outubro deste ano, no Bairro Paulo VI, na Região Nordeste de Belo Horizonte. O inquérito foi concluído e apresentado nesta terça-feira pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), em coletiva de imprensa.

As investigações apontam que a suspeita de ser mandante do homicídio, de 30 anos, teria convencido o colega de trabalho, de 33, a matar a vítima, já que o homem era apaixonado por ela. Os dois trabalhavam no setor de limpeza de um hospital da capital mineira.

Ainda segundo levantamentos policiais, a suspeita mantinha um caso extraconjugal com o marido da vítima e pretendia, com a morte da mulher, assumir o relacionamento com o amante.

O delegado que coordena as investigações, Leandro Alves, explica que o marido da vítima não tem envolvimento no crime e ficou bastante abalado com o desfecho do caso. Ele chegou a morar com a suspeita em 2019, mas, alguns meses depois, voltou a viver com a vítima. Para tentar convencer o colega a cometer o crime, a suspeita chegou a alegar situações de animosidade com a vítima.

“Ela teria relatado que estaria recebendo diversas ameaças da vítima por causa dessa relação extraconjugal”, contou o delegado que ainda acrescentou o fato de a suspeita, nesse processo de convencimento, ter prometido ficar com o colega caso matasse a vítima.

Durante investigação, a polícia descobriu uma intensa troca de mensagens entre os envolvidos, inclusive de cunho erótico e com promessas amorosas.

O dia do crime 


No dia do crime, o suspeito estaria esperando a vítima passar por uma rua, trajeto que fazia para retornar do trabalho, para cometer o crime. Ao avistá-la, ele se aproximou e desferiu os golpes. A faca utilizada pelo suspeito teria sido comprada exclusivamente para o homicídio.

“O que nos chamou a atenção foi a frieza do executor e da mandante nesse crime. Nenhum dos dois tinha antecedentes criminais”, resume a chefe do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegada-geral Letícia Gamboge.

Durante operação policial, a polícia apreendeu a roupa e a mochila utilizada pelo suspeito no dia do crime.


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