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Estado de Minas CORRUPÇÃO

Ex-delegado regional de Varginha tem pedido de liberdade negado pelo TJMG

Wellington Clair segue detido em Belo Horizonte após Operação Ilusionista; ele responde por dois processos e Justiça entendeu que a prisão é legal


12/11/2020 16:40 - atualizado 12/11/2020 17:03

Ex-delegado responde a dois processos e teve pedido de liberdade negado(foto: Reprodução/Facebook)
Ex-delegado responde a dois processos e teve pedido de liberdade negado (foto: Reprodução/Facebook)
O ex-delegado regional de Varginha, no Sul de Minas, teve pedido de liberdade negado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Wellington Clair segue detido em Belo Horizonte após Operação Ilusionista, no fim do mês passado. Ele é suspeito de cometer crimes como lavagem de dinheiro, organização criminosa e usurpação da função pública.

 

Wellington Clair estava afastado do cargo de delegado para tentar a reeleição como vereador em São Gonçalo do Sapucaí. Ele foi preso durante Operação Ilusionista, no fim do mês passado. O trabalho é uma continuação da Operação Êxodo 23, que combateu crimes no Departamento de Trânsito (Detran), envolvendo funcionários e despachantes em Varginha e Elói Mendes.

 

As investigações concluíram que Clair estava no comando dessa organização criminosa. De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ele é suspeito de cometer crimes como lavagem de dinheiro, organização criminosa e usurpação da função pública.

 

“Ele está preso em dois processos, um em São Gonçalo do Sapucaí e outro em Elói Mendes. Como são dois processos, ele entrou com dois pedidos de liberdade. Com base nas alegações do advogado dele, o tribunal não verificou nenhuma ilegalidade de prisão”, explica Igor Serrano, promotor de Justiça.  

Envolvimento em outros crimes

O Gaeco também apontou ligação do empresário com a prática de crimes como contrabando de cigarros e jogo do bicho. Segundo o Gaeco, o envolvimento aconteceu entre 2014 e 2017, quando Clair atuava como delegado, em São Gonçalo do Sapucaí.  

 

A suspeita foi alvo da Operação Delta, um trabalho que teve a participação do Ministério Público Federal (MPF), Polícia Federal e Receita Estadual. De acordo com o MP, as investigações apontaram que o delegado utilizava do conhecimento e do poder para obter vantagens ilícitas. 

 

O empresário não teve o nome revelado pelo MP por causa de um acordo de delação na Operação Ex-Fumo. 

Defesa

Ainda segundo o Gaeco, o ex-delegado segue detido em Belo Hosrizonte até a Justiça julgar o mérito. O Jornal Estado de Minas tentou contato com a defesa de Clair, mas, até o momento, não obteve retorno. 

 

 


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