Dois homem foram presos no início da operação deflagrada pela Polícia Civil, em Belo Horizonte e Sete Lagoas, com o objetivo de desarticular uma associação criminosa especializada em falsificação de documentos públicos.
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O delegado Marlon Pacheco de Castro, que está à frente das investigações, conta como funcionava o esquema criminoso. “As vítimas buscavam regularizar imóveis oriundos de herança. Para tanto, procuravam a imobiliária do suspeito que se passava por advogado e, então, ele se valia dos serviços ilegais dos outros dois suspeitos, que produziam as escrituras e outros documentos ideologicamente falsos."
Segundo o chefe da Divisão Especializada de Combate à Corrupção, Investigação a Fraudes e Crimes contra a Ordem Tributária, delegado Domiciano Ferreira Monteiro de Castro Neto, os cartórios são as vítimas do grupo criminoso. “Embora tivessem anterior vínculo com os cartórios, os suspeitos utilizavam selos e materiais que haviam se apropriado indevidamente."
As investigações tiveram início este ano e aconteceram a partir de uma denúncia anônima de uma vítima que contratou o serviço de regularização do imóvel e, quando apresentou o documento em um cartório, o próprio estabelecimento desconfiou da falsificação.
O trabalho da perícia da Polícia Civil confirma as falsificações, tanto em assinaturas, como na autenticidade dos documentos. Três cartórios vítimas do grupo criminoso já foram identificados. Os suspeitos responderão pelos crimes de estelionato, falsificação de documento público, usurpação de função pública e apropriação indébita. A pena máxima prevista para tais infrações pode chegar a 17 anos de prisão.