Motoristas de aplicativo de todo o Brasil, incluindo de Belo Horizonte, organizam uma paralisação geral para o próximo domingo (15), dia de eleições municipais. A categoria se queixa da redução dos repasses por parte das empresas desde que novos serviços mais baratos começaram a ser ofertados.
Leia Mais
Batida de frente entre van e carro deixa pelo menos 15 feridos no Sul de MinasBuscas por homem que caiu Arrudas completam três diasTemporal atinge BH na manhã desta sexta-feira (13)Motoristas de aplicativo de todo o Brasil paralisam atividades neste domingo de eleiçõesEleições em MG: supermercados podem funcionar no domingo, mas sem venda de bebida alcoólicaJustiça decide que mineradora deve reassentar comunidades em Conceição do Mato DentroDetentos de Minas produzem 46 mil máscaras para TRE oferecer aos eleitores"As plataformas já fizeram uma alteração que diminuiu nosso repasse de 20 a 30%. Estão ligadas aos serviços UberPromo e 99Poupa, em que o usuário paga 30% menos, mas quem paga isso não é a empresa, é o motorista. Isso aconteceu sem nenhum tipo de acordo", esclarece Paulo Xavier, presidente da Frente de Apoio Nacional aos Motoristas Autônomos (Fanma).
Segundo relatos de colegas de Xavier, há motoristas que chegaram a ter prejuízo em corridas por conta da redução no repasse. "Nosso custo médio de R$ 0,80 por km rodado. Com a redução, nosso repasse está sendo, em média, R$ 1 por km rodado. Tem gente que está tirando R$ 0,50, pagando para rodar", completa.
Vale lembrar que não haverá nenhuma manifestação física, como carreatas, passeatas ou encontros. O ato dos motoristas consistirá em "ficar offline". A escolha pela data aconteceu para chamar maior atenção de políticos e da sociedade como um todo.
"Esperamos uma adesão grande em Belo Horizonte e em todos os estados. Estamos todos bem indignados com essa situação", conclui Xavier.
Em nota, a 99 informou que está aberta ao diálogo com motoristas e que acompanha a mobilização. Esclareceu que a remuneração na plataforma leva em conta a distância percorrida e tempo de deslocamento, além de uma tarifa base mínima e que "pratica as menores taxas do setor".
Lembra, ainda, que direcionou esforços e recursos para promover ações de prevenção aos motoristas e passageiros e na geração de demanda para ampliar ganhos, como a doação de R$ 4 milhões em corridas aos governos de dezendas de cidades do Brasil.
A Uber também foi procurada pela reportagem, mas não se manifestou sobre o assunto.
*Estagiário sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira