Nos últimos dias, os indicadores da COVID-19 colocam os belo-horizontinos diante da responsabilidade de barrar o avanço na transmissão da doença na capital. Os indicadores ainda não estão no vermelho, nível de alerta máximo, mas o indíce de transmissão apresenta aumento. O presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, Estevão Urbano, faz um alerta.
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Velocidade de transmissão do coronavírus atinge maior índice desde julho em BHMinas registra 1.954 casos de COVID-19 em 24 horasHomem atropela casal de propósito em BH após discussão por Kombi batidaCOVID-19: Minas tem 74 mortes confirmadas nas últimas 24 horasBH chega a 51.494 casos e 1.580 mortes por COVID-19; taxa de transmissão tem leve quedaViolência política cresce contra candidatas mulheres em eleiçõesPF prende em BH suspeito de compartilhar pornografia infanto-juvenil na internetOs indicadores apontam 1,13 no número médio de transmissão por infectado e está no amarelo. A ocupação de leitos das unidades de tramento intensivo (UTI) COVID-19 está em 31,8% e a de leitos de enfermaria COVID-19 está em 29,8%, de acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde divulgado nesta segunda-feira, 16 novembro. Belo Horizonte totaliza 51.194 caos e 1.566 mortes.
O infectologista lembra que a flexibilização dá "a sensação de que está tudo bem', mas a pandemia ainda não foi controlada. As pessoas estão muito tranquilas, mas ele aponta para um efeito colateral da reabertura. "É o relaxamento nas medidas sanitárias, saídas exageradas, uso de máscara de forma inadequada, e as aglomerações, principalmente por jovens em bares e festas", completa.
No entanto, a falta de cuidado pode resultar em aumento no número de casos e mortes. "O vírus espera esse momento de relaxamento das pessoas. Está à espreita e a mortalidade dos casos que vão para CTI continua alta, o tratamento não teve grande evolução".
O especialista defende que as pessoas precisam se consicientizar e remobilizar para as medidas de prevenção até que chegue a vacina. "Tentarmos fazer travessia até a vacina. Estamos muito mais próximo desde o início da pandemia"
De acordo com o epidemiologista, é preciso evitar que os indicadores cheguem à zona vermelha, principalmente a taxa de transmissão e os indicadores de saturação hospitalar. A taxa de transmissão está no amarelo e de saturação de leitos no verde.
"Não podemos deixar tudo chegar no vermelho para depois pensar que está ruim e que tem que fazer algo diferente. Agir agora para evitar que isso aconteça. A principal ação é as pessoas não relaxarem, se conscientizarem do risco que ainda existe"
"Não podemos deixar tudo chegar no vermelho para depois pensar que está ruim e que tem que fazer algo diferente. Agir agora para evitar que isso aconteça. A principal ação é as pessoas não relaxarem, se conscientizarem do risco que ainda existe"