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Estado de Minas Memória da cidade

Projeto 'Entre Rios e Ruas' sinaliza córregos de Belo Horizonte

Intervenção da artista plástica Isabela Prado resgata a memória dos córregos cobertos e canalizados da capital mineira


17/11/2020 16:34 - atualizado 17/11/2020 20:01

Placas sinalizarão córregos canalizados em ruas do perímetro urbano de BH(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Placas sinalizarão córregos canalizados em ruas do perímetro urbano de BH (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
O projeto “Entre Rios e Ruas”, de iniciativa da artista plástica Isabela Prado, prevê a sinalização de todos os córregos canalizados dentro do perímetro da Avenida do Contorno, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. A ação previa a instalação de cerca de 230 placas, ao longo deste trecho. Mas, desde março o projeto foi interrompido pela pandemia da COVID-19. 

Com a retomada gradual das atividades na cidade e seguindo os protocolos de segurança, ele será retomado nesta semana. Nesta quarta (19) e quinta-feira (20), as últimas 33 placas vão ser colocadas para sinalizar o córrego Mendonça, um afluente do Acaba-Mundo. 

O percurso começa na Rua Levindo Lopes, esquina com a Avenida do Contorno, e segue pelas ruas Antônio de Albuquerque, Alagoas, Santa Rita Durão, e Pernambuco, terminando na Avenida Afonso Pena, próximo ao Palácio das Artes. 
 
Todo o processo será registrado por fotos e vídeos. Em uma próxima etapa, será publicado um livro. Para acompanhar o registro das etapas anteriores, veja o Instagram do projeto.

As placas de sinalização com o nome dos córregos são instaladas nas mesmas balizas que identificam as ruas e avenidas da cidade e tem as mesmas especificações das placas já existentes. É, portanto, uma intervenção permanente feita com autorização da Subsecretaria de Planejamento Urbano. 

Projeto será retomado após pausa causada pela pandemia de COVID-19(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Projeto será retomado após pausa causada pela pandemia de COVID-19 (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
O projeto reforça a importância da população da capital conhecer em que locais estão situados os rios cobertos de BH. Ainda mais neste período chuvoso, em que muitos deles acabam transbordando e podem causar inundações. 

A intervenção também resgata a memória dos córregos da capital. Além disso, busca dar visibilidade a esses ribeirões que, uma vez cobertos e canalizados são apagados da paisagem e da memória dos belo-horizontinos. O projeto ganha, ainda, uma dimensão social, já que desperta reflexões a respeito da relação que os moradores têm com a cidade e com a dinâmica de ocupação e apropriação do espaço.
 
*Estagiária sob supervisão a editora-assistente Vera Schmitz 


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